Crise mundial de alimentos piora em 2023 e golpeia PEAD

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Preços e carência global dos alimentos caminham para piorar em 2023 e, por tabela óbvia, murchar os balanços de resinas irmãs siamesas dos bens de consumo, como polietileno de alta densidade (PEAD), sustentam pesquisas da consultoria Icis postadas pelo seu blogueiro John Richardson.

A bomba relógio foi acionada, deixam claro os analistas, pela escassez de fertilizantes e alta da sua matéria-prima, o gás natural, e pela desarrumada cadeia de suprimento de commodities agrícolas, pesadelos climáticos, crédito caro e desinformação entre produtores rurais sobre como manobrar na escolha e acesso às alternativas de adubos na quantidade requerida regularmente pelos seus plantios.

O banco Morgan Stanley pincela o drama pelo flanco dos insumos dos fertilizantes, contemplando a Rússia com 11% das exportações globais de ureia e 48% de nitrato de amônia. Por sua vez, segue a mesma fonte, Rússia e Ucrânia bancam 28% das exportações mundiais de fertilizantes nitrogenados e bases fósforo e potássio.

Pelo andar da carruagem, pressentem os pesquisadores do Icis, as decisivas exportações de Rússia e Ucrânia, tanto de adubos como de commodities tipo trigo e óleo de girassol, tendem a permanecer em volumes abaixo do pré-guerra, sinalizando um desabastecimento de comida a se e agravar no ano que vem e quem mais vai sofrer com esses vazios nas prateleiras serão os países emergentes, com flancos expostos devido às finanças combalidas pelos gastos no combate à pandemia ainda em curso e devido ao alto percentual de classes de baixa renda na sua população, percebe o Icis, excluindo a China de seu mapa do subdesenvolvimento.

Amarrando as pontas, os analistas calculam que a retração implicará queda de 300.000 toneladas na demanda de PEAD em países emergentes no ano que vem, o que deve reduzir de 4% para 2% a projeção de crescimento do mercado mundial da poliolefina no próximo período.

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