Cidade do México proíbe absorventes femininos de plástico
Em vigor desde janeiro, a proibição do fornecimento de descartáveis plásticos na Cidade do México, uma das maiores metrópoles do planeta, extrapola o cercado dos produtos de uso único associados a bebidas e comida pronta, tipo copos, canudos, bandejas, talheres e embalagens.
O banimento estende-se à delicada seara da saúde da mulher ao abranger absorventes femininos, um campo florido para filmes gofrados de polietileno e nãotecido de polipropileno. Conforme divulgado na mídia, o banimento dos absorventes contendo plástico integra a agenda verde da prefeita Claudia Sheinbaum e até torna ilegal para o comércio expor o produto em prateleiras. Escorada em estimativas de 150 anos de sobrevida do absorvente de plástico, a decisão da prefeita resultou indigesta e polêmica para uma ala de ativistas femininas.
O grupo flagra no veto um ataque a direitos humanos e um gatilho para a denominada “pobreza menstrual”, pois alternativas como copos de silicone e absorventes orgânicos ou de papel cartão são mais caras e de oferta mais restrita que os renegados absorventes descartáveis de plástico. Segundo Anahi Rodriguez, porta-voz da entidade Menstruacion Digna Mexico, uma caixa de absorventes orgânicos é vendida no site de e-commerce Mercado Libre na faixa média de 51 a 100 pesos (US$ 2.54 a US$ 4.99) por unidade de tampão.
Deixe um comentário
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.