Pandemia comprime PIB do Brasil

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Com base na paisagem do primeiro trimestre, FMI e Banco Mundial anteviam recuo da ordem de 5% no PIB do Brasil este ano, razão pela qual a Abiplast anteviu então queda de 4,5% nas vendas de produtos transformados no exercício atual. No entanto, o binômio pandemia/recessão vem causando piora acelerada na conjuntura, sinalizando cada vez mais uma revisão para baixo na já preocupante previsão da Abiplast.

Divulgado em 12 de junho na mídia, monitoramento do país a cargo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vislumbra contração de 7,4% no PIB brasileiro de 2020, se não houver outra onda do corona além da atual.

No caso de um segundo surto, a OCDE revê sua projeção para um declínio de 9,1% na economia do país. No primeiro caso, sustenta a entidade, o PIB per capita diminuirá cerca de 5% e, no caso de repique da pandemia, o brasileiro ficará 8% mais pobre.

No meio desse tiroteio, indústrias como as da cadeia plástica sentem-se acuadas, sob aguda retração da demanda, pelas pressões crescentes de fornecedores resistentes a adiar prazos de vencimentos e de clientes clamando pela prorrogação dos prazos de pagamento.

Atenta ao caldeirão esquentando, a Associação Brasileira de Jurimetria, debruçada sobre a relação do PIB com processos de falência e recuperação judicial, divulga a constatação de que as empresas demoram, em média, quatro meses para reagir à crise. Ou seja, após 120 dias, o empresário passa da negociação com credores à decisão de entrar com o pedido de recuperação judicial ou extrajudicial. A propósito, se o PIB recuar 6% este ano, a consultoria Pentalica Partners sustenta na mídia que pelo menos 3.000 companhias solicitarão recuperação judicial.

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