PET reciclado mira frascos hot fill

hot-fillA reciclagem é o céu e o inferno de PET. A visão do paraíso provém do apelo ecológico e a imagem do purgatório decorre do avanço do poliéster recuperado sobre o terreno da resina virgem, já atormentada por crônico excedente global em sua oferta. Estudo saído do forno da consultoria norte-americana Plastic Technologies Inc. (PTI) atira mais lenha nessa fogueira ao acenar com a possibilidade de incrementar, sem impacto adverso, o teor de reciclado em garrafas de PET envasado a quente (hot fill). Ron Puvak, diretor da PTI, assinalou na mídia que PET reciclado tem sido usado em frações restritas em embalagens hot fill, em especial por exigência de fabricantes do alimento acondicionado, e o estudo da consultoria sustenta que a parcela do recuperado pode subir ao patamar de 50% na composição da matéria-prima dos frascos em questão. Em sua pesquisa, a equipe da PTI avaliou o comportamento do PET reciclado em teores de 25%,50% e 100% de garrafas de meio litro originárias de pré-formas de 27 gramas. Mesmo nos ensaios em que o reciclado era o único material, declarou a vice presidente Tracy Momany, a performance da embalagem no envase a quente foi aceitável, embora as paredes acusassem leve embaçamento ou amarelamento. Os ensaios também aferiram tópicos como vedação, espessura cor, cristalinidade e teor de acetaldeído. Em testes com, teores acima de 50 % de reciclado, a consultoria constatou pendor para encolhimento da garrafa. Mas até o limite de 50%de reciclado, concluíram os pesquisadores, o desempenho do recipiente hot fill preenche as expectativas físicas, químicas e ópticas, além de acentuar seu apelo sustentável e de resultar em economia de PET virgem na produção.

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