Vitrines blindadas

O banho de loja das embalagens para carnes processadas

embalagensA Operação Carne Fraca flagrou uma penca de senões no comércio e higienização de frigoríficos, mas em momento algum as garras do escândalo roçaram as embalagens de carnes processadas. Na garupa das exportações brasileiras e das mudanças para melhor nos hábitos do consumidor interno, este segmento de filmes técnicos tem se firmado entre os que mais depressa incorporam os avanços internacionais no gênero, deixam claro nesta entrevista dois craques atuantes no mercado de proteínas da transformadora Bemis no Brasil, a pesquisadora líder Fernanda Lazarin e o supervisor de marketing Jonathas Santos.

Fernanda Lazarin
Fernanda Lazarin

PR – Quais as principais melhorias introduzidas nos últimos 5 anos no Brasil nas embalagens flexíveis para produtos cárneos processados, em termos de características técnicas?
Fernanda Lazarin – Entre as muitas melhorias notadas, consta a solução resselável (EZ Peel Reseal) para a linha de fatiados e já estendida a mais produtos. Acompanhando uma tendência mundial, começamos a ver por aqui mais soluções em atmosfera modificada, para carnes processadas e frescas, pois o controle da cadeia do frio tem melhorado. Também chamam a atenção os sacos forneáveis, para cortes congelados, e os tipos encolhíveis com barreira de alta resistência mecânica, para embalar carne fresca com osso e a vácuo (CBP). Aliás, nos últimos cinco anos surgiram no mercado local as primeiras linhas de envases usando filme encolhível em bobina (Flow Tite), substituindo os sacos encolhíveis para algumas aplicações, e as primeiras linhas de skin packaging (Skin-Tite) para carnes processadas, bem como carnes processadas shelf stable em embalagens flexíveis. Nesse meio tempo, o consumo de produtos ‘‘on the go” estendeu-se às embalagens sem refrigeração, materializando os primeiros lançamentos de snacks cárneos para o mercado brasileiro. Por último, não pode passar em branco a evolução recente da impressão das nossas embalagens de cárneos.

Jonathas Santos
Jonathas Santos

PR – Quais as exigências feitas no Brasil pela saúde pública/defesa do consumidor/fiscalização sanitária que ficaram mais severas nesses últimos cinco anos em relação ao comportamento da embalagem flexível no envase dos produtos cárneos processados, no seu transporte do frigorífico ao comércio e em relação à refrigeração do alimento no PDV?
Santos – As grandes mudanças estão no fatiamento de frios sendo feito diretamente na indústria ou nos centros de distribuição. Essa ação permite que a integridade do produto seja mantida até o consumidor final, pois diminui a manipulação e permite assegurar a qualidade dos fatiados. Outro fator importante pata melhorar a segurança alimentar é a ação de fechamento das gôndolas frias para retenção de temperatura.

PR – Pelos desenvolvimentos em curso na Bemis Brasil e pela experiência global da companhia, quais as próximas inovações a serem incorporadas em flexíveis para carnes processadas por aqui?
Santos – Em sintonia com as tendências globais de praticidade, conveniência e sustentabilidade, entendemos que a redução de espessura das embalagens será um tema a ser buscado, impressões tácteis que remetam ao natural (handmade), embalagens que permitam levar a carne resfriada a vácuo para ser cozida direto em forno a gás ou em microondas e, por fim, embalagens ativas para garantir extensão de vida de prateleira. •

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