Universidade inglesa extingue curso de Química

Encerramento é atribuído à rejeição dos plásticos por jovens
Universidade inglesa extingue curso de Química
Universidade de Hull: desabamento de matrículas vitimou o ensino de Química.

Titular da Premier League do ensino superior no Reino Unido, a Universidade de Hull, baseada em Yorkshire, nordeste da Inglaterra, comunicou o encerramento de seu Departamento de Química, notório por pesquisas como as sobre poluição plástica e economia circular, noticiou em 4/12 o site Sustainable Plastics. A justificativa para a eliminação é atribuída a um efeito, notado mundialmente, da estilhaçada imagem pública do plástico, como verbera o comunicado à praça da cúpula da universidade: “a falta de procura dos cursos de Química pelos estudantes chegou ao ponto de eles não se sustentarem mais, dos pontos de vista educacional e econômico”. A divulgada anuidade individual dos cursos de ciências da Universidade de Hull é de £ 20.000.

A extinção da graduação em Química foi contestada em vão pela entidade British Plastics Federation (BPF). Em manifesto subscrito por 4.833 assinaturas, ela louvou o envolvimento do referido departamento na busca de soluções contra o descarte incorreto de lixo plástico e a presença de seus graduados na cadeia química britânica e internacional. A petição também esbravejou que a decisão do encerramento comprometia a educação estudantil e, no foro interno da BPF, ameaçava a sobrevivência da sua equipe e emitia um sinal enervante aos seus membros, grupo detentor de uma das maiores participações no setor químico do Reino Unido.

As precárias finanças que vitimaram o Departamento de Química da universidade inglesa trazem à baila, num certo sentido e guardadas as devidas proporções, a escassez de recursos que aleija a educação pública brasileira. O estudo “Education at a Glance 2024”, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), atesta que Brasil baixou os gastos com educação em 2,5% por ano entre 2015 e 2021, relatou em 10/9 a paranaense Gazeta do Povo. No mesmo período os demais 37 países da entidade aumentaram esse dispêndio na média de 2,1% por ano. O que o relatório da OCDE omite é que não faltam recursos ao ensino superior no Brasil para propostas que apoiem o enriquecimento e progresso da sociedade. Aí está a Universidade Federal de São Carlos que, em 4/12, desovou na mídia release sobre a realização, a cargo do Departamento de Psicologia, de pesquisa focada nas percepções de brasileiras sobre pole dance. Ao pé da letra: “O estudo busca avaliar o impacto que a prática do pole dance tem na autopercepção de mulheres em estúdios de dança brasileiros, bem como analisar como o contato com outras mulheres durante as aulas influencia na autopercepção das praticantes. Além disso, o estudo quer compreender os efeitos que a prática de pole dance (nota: falta um verbo) na relação da mulher com o próprio corpo”.

A investigação foi contemplada com suporte financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Coisa para inglês ver.

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