O noticiário da União Europeia (EUA) comprova que a iniciativa privada age com mais presteza e contundência que políticos e legisladores para combater as mudanças climáticas. Essa percepção vem à tona na movimentação da petroquímica francesa TotalEnergies. Cerca de um ano atrás, anunciava nova linha de reciclagem mecânica de PP de alto parão para autopeças, em planta Em Carling, distrito de Paris. Agora a companhia volta ao pódio para apregoar em release já programar para 2026 a partida em Grandpuis, a sudeste da capital francesa, de outra planta similar para recuperação de poliolefinas, de 30.000 t/a, cuja produção será utilizada na composição de materiais híbridos (virgem + reciclado) para embalagens de cosméticos e fármacos, em especial.
Em setembro de 2020, auge da primeira onda da covid-19, a TotalEnergies lançou a promessa de portar o crachá de indústria net zero até 2050, empreitada orçada em € 500 milhões. Até o momento, os movimentos nessa direção incluem uma biorrefinaria, de capacidade projetada para 210.000 t/a em 2025 e 280.000 t/a em 2027 para gerar combustível renovável para aviação. A mesma biorrefinaria suprirá de refugo orgânico uma planta de biometano, quer evitará a emissão na atmosfera de 20.000 t/a de dióxido de carbono. Além disso, a TotalEnergies mantem de pé um projeto de planta de 15.000 t/a de reciclagem química e, quanto à unidade em Grandpuis, a companhia assegura que será a maior fábrica de reciclagem mecânica da França. Na mesma localidade, a TotalEnergies opera um site de energia solar, com capacidade anual de 31GWh, provida por 46.000 painéis e apoio complementar proporcionado por operação similar ativada em 2022 em Garjeville, a oeste de Paris.