Sustentabilidade: imagem do plástico sob risco de erosão
Agravada pelo mutismo de praxe da sua indústria, a imagem mundial do plástico piorou na última semana devido a dois fatos, em essência, e sua repercussão e efeitos decerto permearão 2018. Um deles foi a estreia na TV do documentário da BBC Blue Planet II (disponível em breve no site da empresa). Ele divulgou que, após o primeiro uso, o plástico rompe-se em micropartes com alta possibilidade de penetrar na cadeia alimentar e no suprimento de água. Segundo o documentário exibido no Reino Unido e já replicado extraoficialmente mundo afora, em torno de 150 milhões de toneladas de plásticos são desovadas anualmente nos oceanos e fragmentam-se em partículas engolidas por peixes e pássaros e absorvidas pelo plâncton, chegando assim à cadeia alimentar. O outro revés sofrido pela reputação do plástico foi causado pela reunião na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York, na qual uma plêiade de ministros da pasta ambiental formalizaram em comunicado concordar que a poluição marinha causada pelos plásticos deve ser contida. “Temos cuidado tão mal do planeta que não há mais espaço para novos erros”, assinala o documento trombeteado na mídia. “Estamos enviando uma mensagem poderosa de que ouviremos a ciência, mudaremos o modo de consumir e produzir e atacaremos a poluição global em todas as suas formas”.
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