Os balanços anuais da transformadora Sommaplast estabeleceram, em 23 anos de ativa, uma fascinante coerência com um campo-chave de atuação da empresa, a indústria de medicamentos, pois ostentam indicadores que sempre vendem saúde. “Em 2022, quando rodamos com 70% de ocupação, o volume de vendas e faturamento cresceram mais de 50% e a expectativa agora é fechar dezembro com crescimento de 30%, chegando quase a dobrar a receita em dois anos”, festeja o fundador e presidente Marcos Fantozzi.
Entre os principais passes dessa mágica empresarial, desponta a batelada de investimentos seguidos que, apenas entre 2015 e 2020, rondou a casa de R$ 20 milhões e contemplou a fábrica em Itapecerica da Serra (SP) com um parque de 48 injetoras hidráulicas e duas linhas de moldagem por compressão, fluxo de recursos engrossado em cerca de R$ 5 milhões em 2022 com a linha injection blow chinesa que estreou na entrada de 2023.
“Há algum tempo somos vistos como fornecedor importante de tampas e dosadores para uma gama de mercados que também inclui cosméticos e alimentos”, abrange Fantozzi. “E sempre fomos procurados por clientes para produzir frascos a título de uma solução completa de componentes”. O dirigente gere o negócio aliado aos diretores Marcos Francischelli e Fernando Francischelli, respectivamente seu filho e cunhado.
Antenado nos anseios da clientela, o triunvirato enveredou pelo processo de injection blow “porque nosso mercado já está padronizado no uso dos produtos que estamos lançando e cuja superioridade na performance e precisão são garantidas por esta nova tecnologia para nós”. Com o ingresso em cena da linha injection blow, a capacidade instalada da Sommaplast pula agora para 4.800 t/a e seu não revelado volume de consumo anual de resinas (em especial poliolefinas) deve engordar 30%, projeta Fantozzi.
O portfólio de artefatos moldados por injection blow abre com flaconetes e frascos de 10, 20 e 30 ml. “Estamos lançando seis frascos distintos de uma vez, pois muitos clientes querem comprar mais de um modelo, levando-nos a adquirir esses moldes para conseguir capilaridade com rapidez no mercado”, justifica o presidente. Mas antes mesmo de ligar a nova máquina, conta, a freguesia entrou a clamar por mais tipos de frascos no mix e, em resposta, Fantozzi acena com a vinda de mais equipamentos e moldes em breve. “Ainda este ano, também investiremos por volta de R$ 15 milhões em máquinas e estrutura fabril para expandir a capacidade instalada de tampas e dosadores orais”, esfrega as mãos o presidente das Sommaplast.