Salto na produção de nãotecidos de PP
A pandemia brindou nãotecidos de polipropileno (PP) com uma notoriedade nunca vista, mérito do status de produtos de primeira necessidade conquistado na pandemia por máscaras de proteção e vestes cirúrgicas, um segmento até então léguas atrás dos absorventes higiênicos, tradicional carro-chefe da fibra poliolefínica. Em estimativa preliminar, Carlos Eduardo Benatto, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Nãotecnicos e Técnicos Técnicos (Abint), projeta em torno de 10% o crescimento nas vendas do seu setor em 2020, inclusos todos os tipos de filamentos (artificiais, naturais e sintéticos), feito atribuído, em especial, à demanda para produtos de proteção individual e de uso médico-hospitalar. Manda a lógica que o desempenho seja repicado em 2021, a tiracolo da segunda onda do corona e de seu combate mediante a gradativa vacinação em massa, o que prenuncia continuidade para a busca sôfrega por vestuário de uso clínico e respiradores que filtram 95% das partículas transportadas pelo ar- as chamadas máscaras PFF2.
Beratto situa a capacidade brasileira de nãotecidos em geral na faixa de 278.000 t/a, a cargo de um efetivo da ordem de 90 empresas. Em 2019, ele assinala, o setor produziu 150.000 toneladas de produtos baseados na tecnologia spunmelt, nicho que o dirigente calcula ser dominado em 95% pela fibra de PP, evidenciando assim este filamento como o maior mercado do setor. Para acertar o passo com a incendiada procura por máscaras e vestes hospitalares, o dirigente ressalta que a indústria nacional de nãotecido de PP investiu pesado em sua capacidade no ano passado.
Em decorrência, ele assegura, o Brasil tornou-se autossuficiente na produção de máscaras PFF2 e cirúrgicas. “Hoje em dia, o país tem condições de produzir 480 milhões de máscaras PFF2 e 500 milhões do tipo cirúrgico por ano”, calcula Beratto, deixando claro o vigor da reação doméstica à concorrência importada. A propósito, o dirigente projeta a demanda por nãotecidos spunmelt em 2020 cerca de 15% acima do saldo aferido em 2019.
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