Sacolas: uso de PE verde pode ser questionado em SP
A exigência de polietileno verde na composição das sacolas camiseta no comércio paulistano, por ser o único bioplástico nacional com disponibilidade comercial, acaba de ser posta em xeque por João Doria, vencedor da eleição para prefeito realizada em outubro último. Para a formação da cúpula da gestão municipal, ele nomeou o vereador Gilberto Natalini (PV-SP) para comandar a Secretaria do Meio Ambiente. Em entrevista a Plásticos em Revista publicada na edição de fevereiro último (nº622), Natalini demarcou sua posição ao informar ter encaminhado ao prefeito atual, o petista Fernando Haddad, nocauteado por Doria logo no primeiro turno, alertando que especificar na regulamentação para a sacola uma resina de fabricação restrita (PE verde) implicava favorecer seu único produtor, no caso a Braskem. No mesmo documento, ele comentou que, a despeito do mérito da origem renovável da resina em foco, lhe soava mais consistente, do ponto de vista ambiental, incorporar à sacola a sucata de plástico pós consumo. A questão de fundo, contestada também pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de São Paulo (Sindiplast), são as distorções concorrenciais geradas pelas condições de acesso dos fornecedores de sacolas aos volumes de PE verde. Conforme divulgou a reportagem, uma minoria de transformadores de maior porte adquire o bioplástico (material com participação de 51% na composição da sacola) a preços e volumes inatingíveis pelos rivais menores, dependentes de comprar o material a preços maiores dos distribuidores autorizados da Braskem. Gilberto Natalini toma posse em 1º de janeiro próximo.
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