Auge do histórico a partir de 2018, o aumento da capacidade europeia de reciclagem somou 1.7 milhão de toneladas em 2021 e recuou para 1.2 milhão ampliadas em 2022, totalizando então 12.5 milhões de t/a, projeta em release a associação Plastics Recycle Europe (PRE). Os dados sobre 2023 ainda não foram liberados, mas, pelo andar da carruagem, o panorama seguirá trevoso. “Os motivos da recessão atual do nosso setor fizeram muitos recicladoras fechar em 2023 e outras devem fazer o mesmo este ano, uma situação a se consolidar se não corrigida”, brada o comunicado à mídia divulgado em 24/10 no site Icis.
O release dá o nome e sobrenome dos entraves: investimentos insatisfatórios na reciclagem europeia, aumento das importações vindas de fora da zona do euro e insuficiência crescente de reciclados produzidos no bloco de integração política e econômica. Em 2022, a PRE nota que o setor desfrutou preços premium para poliolefinas e PET recuperados, alta justificada por momentos de escassez de matérias-primas no suprimento e pelas pressões exercidas pela regulamentação ambiental e demanda de indústrias finais usuárias dos polímeros restaurados. Já em 2023, completa a PRE, os preços e consumo de reciclados foram puxados para baixo por fatores que assolam a União Europeia desde a guerra Rússia x Ucrânia: energia cara em demasia e custo de vida em crise. Para reagir à conjuntura, a associação reivindica ao Parlamento da UE barreiras a reciclados importados que infrinjam os requisitos técnicos da região unificada. Levantamento da PRE situa em 18% o aumento aferido em 2023 sobre 2022 nos desembarques locais de sucata plástica.