Primeira poliolefina gerada a partir de lixo

Axens e Sumitomo

Após bom tempo de experimentos a quatro mãos, a petroquímica francesa Axens e a japonesa Sumitomo Chemical tiraram enfim o champanhe do gelo para brindar uma produção laboratorial inédita e gol de placa do plástico na economia circular: a primeira poliolefina obtida de eteno resultante de lixo contendo ingredientes cuja fermentação resulta em etanol. O processo vingou em centro de pesquisa no Japão e foi norteado pela tecnologia Atol, desenhada pela Axens, Total e FP Énergies Nouvelles. Ela é considerada um degrau acima da tecnologia Waste to Etanol (do lixo ao etanol), patenteada pela Sekisui Chemical.

Em suma, conforme noticiado internacionalmente, o método Atol gaseifica lixo combustível acumulado em monturos sem separação prévia. O gás obtido é convertido em etanol mediante os préstimos de catalisador microbiano cujo desempenho não requer calor ou pressão. O processo é considerado uma via para a produção rentável de eteno grau polímero proveniente da desidratação de qualquer tipo de etanol de origem renovável, seja biomassa ou lixo, sendo polimerizável nas mesmas instalações que trabalham com o monômero baseado em hidrocarbonetos fósseis. Axens e Sumitomo já agendam a transposição do seu projeto da bancada para a escala piloto no Japão no ano que vem.

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