Poliolefinas: retomada mundial depende da China

Mega excedentes de PP e PE não baixam sem recuperação do mercado chinês
Petroquímica chinesa: 2023 é o 3º ano de plena autonomia produtiva em PP.
Petroquímica chinesa: 2023 é o 3º ano de plena autonomia produtiva em PP.

“A China é o pivô para a retomada da demanda mundial de poliolefinas”, atestou em recente seminário para o mercado norte-americano de capitais Ken Lane, vice-presidente do negócio global de olefinas e PP e PE da LyondellBasell. “É o maior mercado e importador mundial de polímeros, mesmo tendo aumentado suas capacidades”, justifica. No compartimento de PE, o termoplástico mais consumido no planeta, Lane não percebe hoje fôlego na China para investir na busca de autossuficiência doméstica, de modo que o país deve continuar a importar por bom tempo na faixa de 15-20 milhões de t/a da resina, hoje atolada em obesidade mórbida em sua oferta na praça internacional. No momento, nota o dirigente em relação aos estoques de termoplásticos, com as economias chinesa e mundial em retração, os clientes relutam em comprar além do estritamente necessário, situação que Lane torce para normalizar a partir de 2025.

O quadro vira de ponta cabeça se a análise focar em PP, polímero no qual a China desfruta há dois anos de autonomia produtiva total. Pela régua da consultoria Icis, o país exportou 450.000 toneladas de PP em 2020; 1.4 milhão em 2021 e 1.3 milhão em 2022. De janeiro a março último, o Brasil formou em sexto lugar entre os 10 maiores destinos da resina chinesa (Vietnã é o nº1), respondendo por 6% do não especificado volume embarcado. No pano de fundo, o excedente global de PP, no confronto capacidade versus demanda, é estimado pela Icis em 21 milhões de toneladas este ano.

O Brasil figura desde 2021 entre os principais destinos de PP da |china, ao lado e nações como Índia, Paquistão, Peru, México e Turquia. Os embarques de PP chinês, dominados opor homopolímeros com uso predominante em ráfia, perturbam io humor e planos de petroquímicas concorrentes da América Saudita, Coreia do Sul, Singapura , Tailândia e Taiwan, aponta o radar da Icis, assinalando a persistência da dependência chinesa de copolímeros de PP. Pelo andar dos investimentos trombeteados e já em andamento, a consultoria prevê que a China acumulará até dezembro 121% de capacidade excedente perante a demanda doméstica, índice elevado para 132% em 2024 e 135% em 2025.

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