A deterioração em curso na rentabilidade da produção de poliolefinas desperta, entre seus atores, a busca febril por racionalizar custos, fortalecer o elo com matérias-primas e ganhar escala e proeminência mundial. O peso dessas prioridades vem à tona com o anúncio da junção de forças em resinas por dois titãs do mercado: o conglomerado petrolífero de Abu Dhabi ADNOC e o grupo austríaco OMV. A parceria visa a fusão das petroquímicas Borouge e Borealis, focadas em PE e PP, e a compra, por US$ 13.4 bilhões, do controle da Nova Chemicals, companhia alemã com capacidades na América do Norte estimadas em 4.2 milhões de t/a de eteno e 2.6 milhões de PE. Com essa incorporação, a futura joint venture Borouge Group International despontará nas vestes de quarto produtor global de poliolefinas, à frente de uma capacidade projetada de 13.6 milhões de t/a de PE e PP. A conclusão formal dessas transações é aguardada para o primeiro trimestre de 2026, reportou em 4/3 o site Plastic News. Com essa estratégia, por sinal, a petroquímica Borealis, controlada da OMV, diminuirá a dependência de 59% de sua capacidade dos onerosos gás e eteno europeus, de competitividade econômica aquém dos padrões internacionais. “Os custos de matérias-primas na Europa são cinco vezes superiores aos dos América do Norte e Oriente Médio”, situou na mídia Alfred Stern, CEO da OMV. “Com essas transações, reformularemos a nossa produção”. No Brasil, a propósito, a Borealis controla uma planta de 60.000 t/a de compostos de poliolefinas em Itatiba, interior de São Paulo.
“O consumo de carbonato de cálcio no setor plástico aumentou significativamente”, constata Rafael Sakamoto, da Imerys
Empresa desfruta engorda do mercado interno com maior capacidade do mineral tipo cretáceo