A arenga ativista pela urgência na transição da energia fóssil para limpa, a imagem em cacos dos plásticos de uso único e o colossal excedente mundial de poliolefinas aparentam não demover um milímetro sequer os investimentos, na Ásia e América do Norte, de petrolíferas integradas degraus abaixo na cadeia petroquímica. É esta a impressão emanada pelo anúncio formal da mais recente decisão de investimentos na China tomada pela saudita Sabic, controlada (70%) da estatal Saudi Aramco, maior exportadora global de óleo cru. A nova tacada acontece em Fujian, sul da China, onde Sabic (51%) e Fujian Fuhua Gulei Petrochemical (49%) trombeteiam aporte de US$ 6.4 bilhões na construção, de início agendada para o semestre corrente, num complexo encimado por um cracker de 1.8 milhão de t/a de eteno e complementado por plantas downstream de materiais como etileno glicol, policarbonato e, em poliolefinas, uma fábrica de 1 milhão de t/a de PE e outra de 950.000 de PP, como informa registro no site da consultoria Icis. Até o momento, a Sabic já opera na China três plantas de compostos e, em petroquímica, firmou joint venture com o conglomerado local Sinpec. Em 2023, a Sabic desembolsou US$ 3.4 bilhões por 10% do controle da chinesa Rohseng Petroechemical que, por seu turno, detém participação societária respeitável na Zejian Petrochemical and Chemical (ZJC), integrado conglomerado produtor de 800.000 barris/dia de óleo cru e cujo complexo petroquímico tem como locomotiva uma capacidade para eteno da ordem de 4.2 milhões de t/a.
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