Devido à condição ímpar de polímero reciclável com grau alimentício, PET destinado a garrafas foi contemplado com cartão de crédito black pela economia circular. Pois este status do poliéster, na elite dos materiais sinônimos de sustentabilidade, tende a ser incrementado por novo reúso do reciclado obtido de recipientes transparentes termoformados para alimentos. Esse realce na aura verde de PET decorre da parceria firmada entre a transformadora italiana de flexíveis AMB Spa e a petroquímica tailandesa Indorama, nº1 mundial em PET virgem e cuja capacidade atual de reciclagem do polímero totaliza no mundo em torno de 500.000 t/a de flakes e 245.000 t/a do poliéster recuperado bottle to bottle ou grau alimentício. No Brasil, por sinal, pelo critério do potencial produtivo, a Indorama opera a sétima unidade no ranking de suas 15 plantas recicladoras.
Em sua recicladora em Verdun, região nordeste da França, a Indorama produz flakes originários de resíduos de termoformados de PET para alimentos. No ano passado, a autarquia Autoridade Europeia de Segurança Alimentar vistoriou a fábrica e atestou que o processo de reciclagem mecânica ali empregado, a cargo de equipamentos da austríaca NGR e incluindo o estágio de policondensação do fundido, assegurava a obtenção de baixos índices de migração de potenciais contaminantes não especificados. A constatação bafejou os flakes da Indorama com permissão para uso em aplicações em contato com alimentos. Trata-se de um passe livre que inspirou AMB e Indorama a se articularem para produzir, com os flakes, filmes com grau alimentício que, conforme foi divulgado, deverão livrar do aterro ou incineração cerca de 150 milhões dessas embalagens termoformadas pós-consumo até o final de 2025 na União Europeia.
