PET estreia na vodca Sobieski
A notícia traduz um gol para o plástico, mas camufla uma trilha para o marketing no fio da navalha. Potência em sopro na Europa com diversas plantas no leste do continente, a alemã Greiner Packaging divulga o fornecimento de garrafa de 1,75 litro em PET para envase da vodca Sobieski. Integrante da corporação Marie Brizard Wine & Spirits Group, a marca Sobieski é dirigida ao mercado polonês e realçada como integrante da categoria premium do destilado em foco. Conforme trombeteia a Greiner na mídia, a troca do tradicional vidro pelo PET na garrafa resultou em aumento de praticidade e leveza sem prejuízos para o apelo da marca no patamar top das vodcas. Pois há controvérsias. PET em bebidas alcoólicas não é novidade, estando inclusive consolidado, pelos fatores conveniência e segurança, em embalagens monodose como as servidas em avião. A favor do poliéster, desponta a democratização do consumo possibilitada por sua embalagem, a exemplo de sua bem sucedida trajetória em refrigerantes e óleo comestível, produtos no passado de limitadas produções devido aos custos e tecnologia da manufatura dos recipientes de vidro. A entrada de PET foi aplaudida por viabilizar a ampliação do fornecimento a preço competitivo de produtos de alcance popular, sem conotação de nobreza em sua imagem. Pois é essa aura de exclusivismo e refinamento um dos motores do marketing de bebidas alcoólicas de maior valor agregado e tiragens mais contidas, sejam cervejas de tradição, vinhos ou destilados fora da categoria econômica, a exemplo das melhores cachaças brasileiras. Com base nessa realidade e na inflexível cultura de sofisticação vigente no consumidor de bebidas premium,ultra atento à preservação dos sabores originais, a vodca Sobieski em PET ganha impulso para se fortalecer no bem menos exigente mercado popular, embora sob o risco de passar a ser encarada com outros olhos pelo público mais seletivo do comércio de luxo.
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