Paradas Obrigatórias

feiplastic 2015

Karina
(estande F 898)
Sob a retração atual, mercados chave para compostos de PVC e borracha termoplástica (TR), tipo construção civil e autopeças, passam um cortado. De olho no radar da componedora Karina, o gerente comercial Edson Penido ajusta a bússola para contornar a calmaria. Um filão promissor, solta, é o potencial para seus compostos poliolefínicos em rotomoldados em geral e componentes automotivos. “Em compostos vinílicos, devemos buscar mais intensamente a participação em produtos médico-hospitalares”, indica. Na Feiplastic, a Karina acena a esse mercado com compostos vinílicos isentos de ftalatos, ao lado dos tipos consolidados sem metais pesados, e com a linha de poliolefinas beneficiadas LSZH, cuja formulação destaca a presença de polietileno verde da Braskem, derivado de eteno obtido do etanol da cana de açúcar.

Activas
(estande D 700)
Exceto poliamidas 6 e 6.6, o Brasil não produz plásticos de engenharia e a dependência doméstica dessas importações deve sentir de leve, este ano, uma garfada desferida pela valorização do dólar, raciocina Laercio Gonçalves, presidente da distribuidora Activas. “O impacto cambial reduzirá de forma modesta as vendas de resinas nobres por falta de opções locais em especialidades para o transformador substituí-las. Ou ajusta seu processo ao trabalho com uma resina alternativa doméstica ou se curva à precificação internacional”, ele constata. Agente de poliolefinas da Braskem, a Activas, por sinal, debutou há 25 anos comercializando plásticos de engenharia, tradição acentuada na Feiplastic com a recém firmada parceria com a Samsung em torno da distribuição de seu portfólio de copolímeros de acrilonitrila butadieno estireno (ABS).

Inbra
(estande B 701)
À margem da crise e antenada no longo prazo, a Inbra eleva a temperatura do reduto de aditivo para plásticos com o anúncio, noticiado à farta em abril na mídia norte-americana, do aporte de US$ 7.7 milhões na instalação de uma fábrica nos EUA e com a operação efetiva, desde março último, de sua unidade em Elias Fausto (SP) dedicada a óleo epoxidado, plastificante para PVC. “Ampliamos assim nossa capacidade desse auxiliar em 30%”, situa Eber Luchini, executivo do departamento comercial.“A tendência natural é a transferência, nos próximos anos, da planta-sede em Diadema (SP) para a nova fábrica, cujo mix inclui também agentes esponjantes, estearatos metálicos e estabilizantes base cálcio/zinco”. No embalo dessa efervescência, a empresa lança na Feiplastic, para substituir materiais considerados nocivos à saúde, a linha Inbraflex de plastificantes para PVC base ésteres de óleos vegetais epoxidados e, por fim, mais tipos da linha Plastibil, referentes a estabilizantes térmicos base cálcio e zinco para o vinil.

Adexim-Comexim
(estande f 631)
Na lupa do ramo, o consumo nacional de carbonato de cálcio para incorporação em plásticos ronda 350.000 t/a , das quais uma fatia arredondada em 10.000 é atribuída a importações. É para cavar lugar ao sol deste nicho que a Adexim-Comexim joga as luzes do seu estande na feira sobre os carbonatos de cálcio da sua representada francesa Provençale. “Tratam-se de materiais com aval da agência regulatória norte-americana Food and Drugs Administration (FDA)”, sublinha Jacy Russo, assessora da diretoria da distribuidora brasileira. “Possuem pureza acima de 99% nos melhores brancos, absorção ínfima e adequação às fórmulas de masters coloridos”. Como cereja do bolo, Jacy assegura para esses carbonatos à provençal zero risco de contaminação química no processo e custos à altura para duelar com os tipos precipitados do mineral.

A.Schulman
(estande D 698)
O braço brasileiro da componedora norte-americana A.Schulman desfila em alta costura na Feiplastic. Além do portfólio, o status provém da ultra recente aquisição do negócio global da conterrânea Citadel. No Brasil, a transação implica junção da unidade desta empresa em Rio Claro (SP) à planta sede da Schulman em Sumaré, também no interior paulista. “Com essa incorporação, aumenta a abrangência do grupo em plásticos de engenharia”, interpreta Roberto Castilho, gerente comercial para masterbatches da subsidiária no Brasil. Na selfie do momento nublado sobre o mercado, assinala, ele percebe a clientela mais receptiva a investir em auxiliares pró produtividade e redução de scrap. Em decorrência, cresce o giro de auxiliares Polybatch PE da Schulman tipo o master antioxidante e auxiliar de fluxo para filmes APS Natural N04714 e, para injetados, os agentes concentrados NA N03809 (agente nucleante) e AD N03305 (agente desmoldante). “Diminuem o ciclo e zeram o refugo por delaminação ou empenamento das peças”, sintetiza Castilho. O mercado de polipropileno biorientado (BOPP) é uma das meninas dos olhos da Schulman, razão pela qual a empresa ergue na feira três lançamentos da série Polybatch: o master para aumentar a permeabilidade BTF 158-33, que permite níveis de trocas gasosas nove vezes maior para o oxigênio e cinco para o vapor d’água; o antiblocking polimérico para baixo COF e não migratório AB0502, para aplicações de alta velocidade, e o superdeslizante IL 10027 NSC2. “Assegura a filmes coex baixo COF e excelentes propriedades ópticas e de hot slip (acima de 100ºC), em particular no caso de filme contra metal em processos de alta velocidade sob baixa pressão”, descreve Castilho.

battenfeld-cincinnati do Brasil
(estande L199)
Na feira norte-americana NPE, em abril passado, uma leva de encomendas brasileiras, em contraste com a economia no acostamento por aqui, pintou no talonário de Cássio Luis Saltori, diretor geral da base comercial no país da fabricante austríaca battenfeld-cincinatti. Com o astral assim na ionosfera, ele divulga na Feiplastic os préstimos de extrusoras de tubos de capacidade acima de 2.000 kg/h: o modelo monorrosca solEX 150 para moldar polietileno e os modelos twin EX 148 e 135, de dupla rosca para PVC. Na esfera das chapas e lâminas, Saltori enfatiza na feira as extrusoras High Speed munidas do sistema MultiTouch, substituto das calandras convencionais, com pontos altos como a transparência final assegurada e diminuição do sobrepeso e de deformações decorrentes do processo.

Braschemical
(estande B 550)
“Mais que nunca, o mercado de pigmentos e aditivos busca custo/benefício para vencer a crise”, saca Liliane Schwab Leite, diretora comercial da representação Braschemical. “Recorre-se a produtos mais concentrados, para emprego de teores menores para se obter resultados superiores aferidos ao mesmo preço com pigmentos de efeito e performance”. Jogando esse jogo, a Braschemical destaca em seu balcão na feira os perolados gold rush, a linha Camaleão, dióxido de titânio da Huntsman, pigmentos com aval FDA, para copo e tipos fluorescentes em pellets, e corantes poliméricos em pó da DayGlo. “Marcam pelo uso em baixos teores e alto poder de tingimento”, nota Liliane. Para os redutos de auxiliares à caça de produtividade, ela acena na Feiplastic com a redução do ciclo de injeção proporcionada pelo óxido de ferro micáceo da Kartner e a diminuição no tempo e gasto energético na moagem conferidos pelos hiperdispersantes da Tilo.

solvay
(estande G 900)
Bate bola com Marcos Curti, diretor para as Américas da Solvay Plásticos de Engenharia.
PR – Quais novas tendências em poliamidas (PA) devem predominar na Feiplastic?
Curti – As tendências do setor de plásticos de alta performance, no qual se encaixam as poliamidas que fabricamos, estão ligadas à redução de peso, substituição de materiais, redução de consumo de energia e maior possibilidade de design das peças. As nossas poliamidas da linha Technyl, cujas aplicações demonstramos na feira, respondem a essas necessidades sem perdas de resistência mecânica, química e térmica. Atendemos a três mercados principais: automotivo, eletroeletrônicos e produtos industriais de consumo (consumer industrial goods). Mas também gostaria de destacar outra tendência: o desenvolvimento de peças a partir do processo de sinterização a laser (SLS, na sigla em inglês). Desenvolvemos para isso uma tecnologia de poliamida 6 em pó, sob a marca Sinterline™ visando peças que demandem maior resistência térmica e mecânica. Com essa tecnologia é possível a impressão em 3D de peças complexas em plásticos de engenharia a exemplo de itens presente no Solar Impulse, o primeiro avião movido a energia solar ou de componentes da scooter elétrica dobrável concebida pela francesa Kleefer, destaque em nosso estande.
PR – Sob paralisia do setor petrolífero e retração no automotivo, este o principal campo de PA no Brasil, quais mercados nesta crise inclinam-se a abraçar tipos mais sofisticados do polímero ?
Curti – Uma de nossas apostas é o mercado de produtos industriais de consumo. A principal novidade, visível na Feiplastic, é a patenteada poliamida Technyl® One, desenhada para dispositivos de alta proteção elétrica e resistentes à corrosão, como disjuntores, mini-disjuntores e contactores de alta voltagem. Esse material está em linha com as expectativas dos fabricantes no desenvolvimento de peças cada vez menores, complexas e menos espessas, dependentes de plásticos de engenharia de alta fluidez e desempenho elétrico aprimorado. Em relação ao setor automotivo a crise também é oportunidade. Mais lançamentos serão necessários para avivar o mercado e esses novos modelos de veículos trarão mais tecnologia embarcada e mais poliamida.

Ampacet
(estande C168)
“Todos os setores anseiam por alternativas de materiais capazes de cortar custos e entregar valor ao produto final”, considera Sérgio Bianchini, gerente de desenvolvimento de negócios na América do sul da componedora norte-americana Ampacet. Para acertar o passo com a dança, ele ressalta na Feiplastic o status de seus agentes de purga, capazes de baixar no mínimo em 50% o tempo padrão para troca de resinas em linha, e auxiliares que bafejam produtores de filmes laminados com a possibilidade de darem destino comercial ao refugo gerado no processo, fora aditivos que ensejam aumento de produtividade em kg ou unidades/h e redução na frequência de limpeza dos cabeçotes de extrusão. “Também destacamos o aditivo NaturBlend, para baixar os tempos de transição entre materiais compatíveis na extrusão de filmes blown, permitindo assim purgar enquanto o balão é puxado”, insere o executivo. Na raia das cores e efeitos especiais sob as luzes do estande da Ampacet, Bianchini chama a atenção para duas séries de masters: ColorLucid, trunfo para obtenção de alta transparência a bom custo/benefício para artefatos de polipropileno, e OrganiiSilks, requintados concentrados de apelo centrado na natureza e toque suave.

Rulli Standard
(estande l 298)
“Nesse cenário de crise, têm mais chances de vendas as extrusoras de maior capacidade para filmes mais finos e resistentes”, considera Luis Carlos Rulli, diretor da Rulli Standard, ás de ouros em máquinas blown e para chapas. “Já a demanda das extrusoras para termoformados segue aquecida e à margem da recessão, mérito do consumo de copos descartáveis, incrementado pela crise hídrica, e da substituição dos liesters de PVC por termoformados de PET”.
A Rulli Standard é ativo fixo das feiras de plástico montadas no Brasil. Da edição de 2013 para a Feiplastic 2015, sua tecnologia de extrusão demonstra que a fila anda em termos de inovações incorporadas. Na esfera da economia de energia, hoje preocupação de primeira linha para a indústria, na garupa do encarecimento recorde da tarifa e risco de racionamento, a Rulli apresenta como novos recursos para economizar eletricidade no processo a adoção de troca telas top de linha e de motores W-Magnet, da parceira Weg. No arremate dos aprimoramentos, Luis Carlos ressalta o emprego da última palavra em PLCs e cabeçotes, estes primando por maior produção e menor pressão da resina extrusada.

Braskem
(estande c 200/d 200)
Flexíveis, o maior mercado de polietilenos PE), compõem um segmento de crescimento discreto mas constante, esteja cheia ou baixa a maré da economia. Esse desempenho consistente é uma justificativa-chave para o domínio dos grades para filmes na bancada de lançamentos em PE descortinados pela Braskem na Feiplastic.
Fábio Agnelli, engenheiro de aplicação de PE do grupo, enfatiza para embalagens de alimentos, plasticultura, empacotamento automático, stretch e filmes industriais a chegada de nova família de grades lineares base metaloceno. Seus chamarizes são, ele aponta, o aumento da produtividade e facilidade de processamento e a adequação a diferentes tipos de equipamentos. Entre essas novas resinas, Agnelli distingue as credenciais do grade Flexus 7200 XP para stretch. “Aprimora as propriedades ópticas e gera ganhos de produtividade por obra da redução de paradas necessárias para limpeza da matriz plana da extrusora”, explica o executivo. Na mesma trilha dos desenvolvimentos base metaloceno, ele insere a resina HF0131XP, desenhada para extrusão blown e em sintonia, em especial, com as exigências do mercado de filmes para hambúrguer, primando por excelência na processabilidade, solda, rigidez e propriedades mecânicas, assinala o técnico. Ainda na esfera dos flexíveis, Agnelli chama a atenção para a presença, na vitrine da Braskem na feira, de dois tipos de polietileno de baixa densidade linear para a agricultura: o grade para silos SLH 118, rotulado como verde por provir de eteno da rota alcoolquímica, e a resina TX 7001 para agrofilmes. Agnelli completa o balcão de PE no estande com novos grades para tubos da série GP100 (BKXP, BLXP e RCXP), além da resina de copolímero de acetato de eteno vinila Rubber VA 4018R. Ainda em rígidos, a empresa aposta fichas na introdução de HD9601C, resina de alta densidade desenhada para sopro de embalagens de agroquímicos, e do grade linear de média densidade base hexeno ML3602U, lapidado para rotomoldados.

Piovan
(Rua i 300)
Guarda costas dos processos de transformação de plástico, os periféricos refletirão a realidade brasileira na Feiplastic atraindo interesse com suas saídas para economizar o consumo de energia e água, vaticina Ricardo Prado Santos, vice presidente para a América do Sul da Piovan, joia da coroa italiana em auxiliares. “Os clientes buscam auxiliares com motores de alto rendimento, baixo consumo no desempenho e estão trocando por dry coolers adiabáticos as torres de refrigeração, sejam abertas ou fechadas”, assinala.
Em resposta à tendência, a Piovan desata um pacote de soluções na feira. Santos abre o jorro de lançamentos com um dosador de corante líquido e um grande desumidificador de PET, ambos estrelas do mix da planta em Osasco, Grande São Paulo. A vitrine também abre lugar para novas linhas de refrigeração; o chiller com gás R410a, munido de condensador a microcanal, e a linha EasyCool de chillers grandes, aptos a operar até 440.000 kCal/h. Na mesma direção, Santos ressalta as credenciais de Digitemp L, novo termochiller dotado de até duas saídas independentes de 5ºC a 90ºC de temperatura. “Seu consumo energético é inferior ao da concorrência e proporciona redução de até 30% no ciclo da máquina”, encaixa o vice presidente. À margem da seara da refrigeração, Santos joga holofotes do estande no alimentador sem filtro PureFlo. “É ideal para instalação em locais de acesso restrito ou complicado”, completa.
Engeflex
(estande C 700)
A corrida da produtividade nas fábricas e a disputa em pé de guerra das cores e efeitos especiais em gôndolas de artigos de alto giro afiguram-se a portos seguros para masters na economia em maré baixa. Com base nessa visão, Thiago Ostorero, diretor da componedora Engeflex deposita fichas na receptividade esperada na Feplastic para seus masters destinados a frascos de cosméticos e produtos de limpeza e, no âmbito do processo, lança um agente de purga, aditivo anticorrosivo e um otimizador de processo conjugado com estabilizante UV. “Foi desenvolvido para reduzir o ciclo na rotomoldagem e melhorar as propriedades mecânicas e estabilidade da cor na peça acabada de polietileno”, explica. No arremate, a Engeflex promove no estande formulações talhadas para plasticultura, a exemplo de brancos, pretos e aditivos para uso externo e agente antifog, estabilizante UV para contato com pesticidas e difusores de luz e antivírus.
Arkema
(estande a 600)
“Se olharmos para a economia retraída e sem solução rápida e indolor, constataremos um mercado restritivo para resinas de engenharia”, pondera Fábio Paganini, gerente de vendas e desenvolvimentos para a América Latina da francesa Arkema, sismógrafo do avanço mundial de materiais como poliamidas. Mas ele contrapõe que a evolução de mercados mais demandantes de tecnologia, como o automotivo e o petrolífero, depende da superação de novos desafios e isso tem custo. “Em toda a crise há oportunidades exploráveis mediante inovações e elas pode tomar a forma de resinas como as nossas, capazes de melhorar o custo/benefício de uma aplicação já desenvolvida”.
Essa diretriz norteia a aparição da Arkema na Feiplastic. Entre os chamarizes para catapultar o ibope de visitantes ao seu estande, Paganini distingue a família de poliamidas tipo PPA Rilsan HT para altas temperaturas e idealizada para autopeças, em especial, entre itens injetados e extrusados, como tubos. “Por sinal, a Arkema concebeu nessa série a primeira PPA base vegetal”, encaixa o executivo em alusão ao apelo sustentável. No flanco dos filmes, uma estrela do estande é o auxiliar de processamento Kynar Flex, acenado para a produção de sacolas e embalagens de polietileno. “Esse agente aumenta a produção horária e reduz o torque da extrusora e o gasto energético, além de proporcionar películas de melhor transparência e acabamento”, sumariza Paganini. Para revestimento de chapas e filmes de poliolefinas, PVC e ABS, a Arkema reserva seu palco no Anhembi para Kynar Aquatec, resina fluorada solúvel em água. Paganini arremata a escalação do time de novidades na Feiplastic com Pebax, antiestático permanente de efeito imediato em peças plásticas, inclusas as coloridas. “Uma vez adicionado à massa polimérica, ele cria uma rede para o transporte da eletricidade, atuando com inpedendência quanto à presença de umidade”, esclarece o executivo. “A resistência superficial cai à ordem de 107 ohms/sq e a carga eletrostática se dissipa com rapidez”.
Nova Trigo
(estande G 500)
Bate bola com Carlos Roberto Benedetti Junior, diretor comercial do Grupo Nova Trigo.
PR – A retração pode frear o avanço dos plásticos de engenharia?
Benedetti – Respondo dizendo que, cada vez mais, esses materiais vêm cumprindo o papel deles esperado- redução de peso e aumento da ecoeficiência. Exemplos visíveis no nosso estande: um ABS extrusado na cor, imitando metal, para substituir acabamentos em esquadrias de alumínio ou inox, entre outros usos zerando a necessidade de pintura, e um composto de poliamida (PA6) 6 em condições de deslocar o alumínio de aplicações na construção civil. Por sinal,trabalhamos os compostos de PA 6 com polímero da parceira Basf Performance Polymers, material também distribuído pela Nova Trigo.
PR – Suas vendas de compostos e blends para bens duráveis têm mudado de perfil na conjuntura atual?
Benedetti – Vimos em nossa carteira uma migração natural de pedidos para itens não automotivos e, no âmbito de PA, embalagens flexíveis e rígidas, fruto do convencimento do cliente a respeito da qualidade do acondicionamento e vida útil proporcionada ao conteúdo envasado, em níveis superiores aos das resinas commodities. Já em termos de aplicações de especialidades em eletroeletrônicos, a carteira não mudou e continua de pé um grande universo de componentes dos quais o metal pode ser botinado pelos plásticos.

Cromaster
(estande E 501)
Redução de custos é o mantra mais entoado pelo mercado hoje em dia, elege José Fernandes, diretor comercial da componedora Cromaster. Portanto, as bolas da vez, ele constata com base na sua vitrine na Feiplastic, são os materiais capazes de prover melhor rendimento ao processo do transformador. Além de aditivos com esta finalidade, Fernandes destaca em seu balcão na Feiplastic os préstimos de sua linha Wet de colorantes líquidos e as séries de masters para multifilamentos e fios e cabos elétricos.
QP
(estande f 999)
A tropa de elite das especialidades plásticas acentua na Feiplastic a tendência de aumento das propriedades desses materiais, interpretam Ricardo Crisóstomo e Roberto Duarte, respectivamente diretor e gerente de químicos e plásticos da varejista QP. “No passado, as aplicações utilizavam, em regra, 50-60% das propriedades dos materiais nobres”, eles contam. “Mas as exigências de desempenho cresceram muito e, assim, as peças hoje desenvolvidas buscam usufruir toda a performance do polímero em prol da economia de custos na produção”. Antenada para onde o vento sopra, a QP destrava na Feiplastic um portfólio de 58 polímeros de ponta e aditivos como PTFE, MBSO² e silicones. Em paralelo Crisóstomo e Duarte salientam no estande o saldo de dois anos de desenvolvimentos com o intuito de substituir por compostos de polipropileno (PP) com fibra longa e o tipo de PP beneficiado denominado Altech NXT o uso de compostos de poliamida 6 com 30% de fibra de vidro em determinadas peças técnicas. “Também trabalhamos forte para abrir espaço para polímeros de alto desempenho, caso de poliamidas mais avançadas, deslocarem a alternativa tradicional do metal”.
Colorfix
(estande B 699)
A componedora paranaense Colorfix aproveita a Feiplastic para lançar, em comemeração a 25 anos de ativa, o catálogo de tendências em cores para a temporada 2016/2017. “Foi desenvolvido com forte influênciaa da área têxtil e do mundo da moda, demarcando as cores por conceitos”, explica o diretor Francielo Fardo. Entre os efeitos indicados nesse mostruário, ele aponta para marmorizados, flocados, perolados, metalizados e a tendência de bordas em cores vivas “para uso em resinas transparentes”, ele indica. Em relação aos superstars do portfólio em evidência no estande da empresa, Fardo distingue as credenciais da linha ClearFix Colorants, para prover alta transparência polipropileno (PP) clarificado; os biocidas Bactifix, munidos de aval FDA e o agente nucleante de alta performance e específico para PP cognominado Processfix HP. “Aumenta a temperatura e qualidade de cristalização da resina, permitindo assim menor resfriamento no molde, o que contribui para reduzir o ciclo”, sintetiza Fardo. Na mesma trilha, ele abre lugar no estande para outro nucleante, Processfix HP 38895/20. “Atua para evitar empenamento e anular dificuldades de estabilidade dimensional da peça, proporcionando ainda aumento significativo de rigidez e resistência ao impacto”.

Arburg
(estande h 198)
Redução de custos, excelência produtiva, economia de energia e automação. A Arburg serve na Feiplastic esse bem casado na forma de uma injetora hidráulica e outra híbrida sob os spots do seu estande. A primeira consta do modelo Golden Edition 470 CG 1500-400. “Opera com dupla bomba, acionamento servoelétrico e movimentos simultâneos”, alinha Kai Wender, diretro da base de vendas da grife alemã no Brasil. Por seu turno, o show na produção de peças de parede fina e ciclo rápido é encargo da injetora híbrida de 200 toneladas Hidrive 570H 2000-800. O dirigente salienta que, para arrasar nas exibições na feira, as duas injetoras selecionadas foram turbinadas com moldes de duas matrizarias brasileiras (RK e Artiz), apoio da OK-Automation e robô Kuka de seis eixos. No caso da máquina hidráulica, a prova dos nove na feira fica por conta da produção de aplicadores para pomadas em processo com molde de 16 cavidades e ciclo aproximado de 7,5 segundos. Já a automatizada máquina híbrica mostra a que veio produzido itens a exemplo de colheres de poliestireno com molde de 32 cavidades. Em grandes tiragens, sustenta a Arburg, o ciclo completo de injeção em modelos Hidrive chega a 4,8 segundos.

Wortex
(estande h 200)
A Wortex estreou em 2013 como fabricante de coextrusoras blown. Dois anos depois, ela demonstra na Feiplastic a maturidade alcançada nesta tecnologia. “O software dessas máquinas foi aprimorado para prover respostas mais rápidas aos comandos e, quanto ao desempenho da linha, testes com blends de resinas de ponta da Braskem superaram as expectativas na produção de embalagens de alta resistência”, informa o presidente Paolo de Filippis. As linhas de reciclagem Challenger, um dos pontos altos do portfólio da Wortex, também irrompem com avanços no estande da empresa. “Aumentamos de 38 para 40 o L/D da rosca, modificamos o sistema de degasagem e a parte mecânica do sistema e melhorias foram introduzidas na secagem de grãos e na troca de tela”, indica o dirigente. A joint venture Amut Wortex também bate ponto no estande, representada por uma extrusora de dupla rosca com cabeçote de dupla saída.

Pelletron
(estande i 631)
“O cenário econômico desfavorece a instalação de grandes sistemas de transporte pneumático, pois investimentos expressivos e moeda estrangeira ficam cada vez mais pesados”, avalia Olavo Matias, diretor operacional da Maxus, agente no país da norte-americana Pelletron. “Entretanto, empresas empenhadas em melhorar a qualidade, em especial de pequeno e médio porte, podem tirar proveito dos nossos acessíveis despoeiradores RC1 e C-20, ambos expostos em nosso estande”. O primeiro modelo foi introduzido aqui em 2013 e o pequeno e compacto despoeirador C-20 pinta como a novidade da Pelletron exibida pela Maxus. “Com capacidade para até 30 kg/h, pode ser diretamente instalado na entrada de injetoras”, observa Matias.

Braskem
(estande c 200/d 200)
A crise de energia pôs a tarifa brasileira no pódio das mais caras do mundo e, reflexo automático, encareceu os custos industriais e afetou os orçamentos domésticos. Esse quadro negro reveste de maior impacto uma tecnologia visível na vitrine armada na feira pela Braskem para seu arsenal de polipropileno (PP): as resinas da série Maxio. “Em testes com vários clientes e mercados, elas proporcionaram reduções de consumo energético superiores a 6% e, em alguns casos, de 21%”, situa Nicolai Duboc, gerente de engenharia e desenvolvimento de aplicações para PP do grupo.
No varal das novidades, Duboc aposta em ibope na feira para três resinas focadas na injeção. Em homopolímeros, o lançamento leva o codinome KM6150HC e visa a produção de cadeiras monobloco. “Possibilita a obtenção de cadeiras mais resistentes e/ou leves, em harmonia com os requisitos do Imetro para esta aplicação”, explica o técnico. No campo dos copolímeros, a Braskem baixa no Anhembi com dois petardos: novo tipo randômico RP149, passível de reduzir ciclos e com fluidez de 87 g/10 min, proposto para mercados como o de utilidades domésticas transparentes, e um copolímero heterofásico para compostos. Denominado CP180R e a tiracolo de fluidez  de 80 g/10min e excelente balanço de propriedades mecânicas, frisa Duboc, o material assegura o desenho de compostos sob medida para injeção de autopeças de espessura cada vez menor.

Imerys
(estande B 631)
Carbonato de cálcio tem sido burilado para render o máximo em performance e custo/benefício,  conferindo propriedades e melhorando o desempenho final de peças plásticas. Além de um caminho sem volta, essa tendência converge para carbonatos cada vez mais finos e funcionais, aprimorando assim sua incorporação na matriz polimérica e o saldo é o ganho em propriedades mecânicas, aponta João Scaloppe, gerente comercial da Imerys Carbonates América do Sul. “Buscamos a melhor relação do tamanho da partícula com outras características do produto, como tipo de cristal, curva de distribuição granulométrica, top CUT e mineralogia, todas aliás influentes na performance da peça acabada”. Na Feiplastic, a Imerys condensa  essa engenharia de produto e aplicação expondo os predicados de seus carbonatos de cálcio micronizados Supermicro, informa o executivo.
Essas vantagens do carbonato de cálcio, considera Scaloppe, caem como luva para apaziguar os transformadores no atual tempo nublado sobre a economia. Carbonatos premium podem ser incorporados em grandes quantidades, aperfeiçoando assim as propriedades mecânicas de uma peça injetada ou reduzindo a parede de filmes, exemplifica o gerente. No balcão da Imerys na feira, esses minerais funcionais envolvem, além da série Supermicro, talcos ultra finos, caulins tratados, uso de negro de fumo condutivo e a linha especial de compatibilização polietileno/polipropileno, cita Scaloppe. Ainda nessa raia de cargas de ponta, ele destaca Fiberlink, carbonato de cálcio ultrafino e consagrado em filmes respiráveis.

Chemson
(estande D 599)
Embora PVC venha passando maus bocados com o recuo da construção civil, o uso de aditivos para o polímero é só alegria no balanço brasileiro e mundial da Chemson, atesta Hans Mitteldorf diretor da  subsidiária local do grupo europeu. “Tratam-se de materiais de aplicação específica, de modo que sua expansão está atrelada a um mercado em crescimento”, argumenta. Na selfie do momento, assinala o porta voz, os auxiliares base cálcio-zinco predominam no cenário sul-americano de PVC, refletindo tendência  mundial, e já mobilizam em média, no Brasil, 90% dos aditivos vinílicos. “Os produtos orgânicos também tomam cada vez mais espaço, embora sua participação não seja por ora relevante”, completa  Mitteldorf, acenando com a última palavra na tecnologia do seu segmento no estande da Feiplastic.

Dry Color Brasil
(estande H 599)
A temporada de caça aos custos leva a componedora Dry Color a revisitar seus desenvolvimentos, atrás de meios para estreitar seus laços com este anseio generalizado entre os clientes de colorantes, atestam os diretores Izaias Ezipati, Jair Junior e Marcelo Santana. Na Feiplastic, eles deixam claro, o acompanhamento da tendência aflora no estande, através da apresentação de inovações em todas as linhas de soluções pigmentarias, desde os tipos em pó Colormatch e em microesferas No Dust aos concentrados granulados Drymaster, os colorantes líquidos Liquidcolor e a série em pasta denominada Pastecolor.

Seibt
(estande J 300)
O culto à produtividade bate à porta do plástico de segundo uso com veemência a ponto de, mesmo na crise atual, a Seibt prever procura crescente por seus perifericos e sistemas de reciclagem de materiais provenientes da coleta seletiva. O diretor Carlos Seibt aposta nessa receptividade ao selecionar para o estande na Feiplastic o desrotulador para produção de 3t/h, integrante do sistema de reciclagem de PET bottle to bottle da indústria gaúcha, e uma trinca de moinhos: o modelo LRX, de baixa rotação ao pé da máquina; TF, para grelhas de termoformagem, e 1300GF, para produção máxima de 3t/h em trabalho com garrafas de PET. No embalo, Carlos Seibt aproveita a Feiplastic para lançar um tanque decantador lamelar com capacidades de 5m³,10m³,15m³ e 20 m³. O tanque é um componente das estações de tratamento de efluentes líquidos, esclarece o dirigente, provenientes dos sistemas de reciclagem de PET, filmes ou rígidos de poliolefinas
.
Cristalmaster
(estande C 899)
Bate bola com Aline Ardt, coordenador de vendas da Cristalmaster.
PR – Quais as tendências em cores e efeitos especiais desta temporada?
Aline – Para 2015, conforme nosso catálogo atesta, destacam-se tons de violeta, vermelho, vinho, amarelo, verde militar e azuis royal e cobalto. Em efeitos especiais, é a vez dos produtos perolados com gflitter,neon, efeito borda, marmorizado, fluorescentes, fotocromáticos, termocrômicos, metalizados e o efeito madeira. Além dessa tendência, a Cristalmaster mostra atualização no compartimento dos aditivos ao divulgar na Feiplastic suas linhas de antimicrobiano, anticorrosivo e oxibio.
PR – Quais as frentes de mercado mais receptivas a desenvolvimentos de concentrados sob a recessão atual?
Aline – Períodos de retração inspiram a busca de oportunidades no mercado e uma das vias à dos produtos diferenciados, a exemplo de masters de efeitos especiais. Nesse sentido, segmentos como descartáveis, brinquedos, cosméticos e utilidades domésticas mostram-se mais propensos a esses desenvolvimentos. Além disso, a retração também tem o condão de levar transformadores a focar mais a redução dos custos de processos e produtos, uma deixa para a Cristalmaster ressaltar na feira seu absorvedor de umidade Cristal Drylink. Também atua como compatibilizante e melhora a resistência mecânica  das peças. Afinal, permite o uso de uma quantidade maior de aparas no processo, sem perda de resistência mecânica para o produto acabado.

Plascomcor
(estande C 760)
A Feiplastic coincide com um momento marcante para a componedora Plascomcor. “A empresa muda para uma fábrica em Mauá (SP) cuja área maior que a da sede anterior permitirá a instalação de uma extrusora dupla rosca co-rotante de 1t/h, elevando assim nossa capacidade mensal para 1.000 toneladas, diminuindo portanto o custo por quilo produzido”, revela o diretor Fábio Fantinati.
Quanto às tendências em masters, Fantinatti enxerga a proeminência de cores fortes e vibrantes em embalagens de cosméticos e, na esfera dos compostos, considera em alta os tipos de alta concentração para o setor moveleiro. De olho nessas oportunidades, assinala, a Cristalmaster acontece na Feiplastic brandindo os mostruários de Plascomplus, compostos aditivados e tingidos; Plascomaster, masters de cor ou de aditivos e Plascom filler, compostos de alto teor de carga. Par fechar o cerco, Fantinati enfatiza no estande as conveniências de Plascomservice, atividade de prestação de serviço em resinas.

 

bate e volta
Choque elétrico benéfico

Uma pergunta para Hércules Piazzo, gerente de vendas no Brasil das injetoras elétricas da japonesa Toshiba Machine.

PR – A crise de energia significa um inibidor ou esrtímulo para a oferta de injetoras elétricas como as da Toshiba?
Piazzo – É uma grande oportunidade. Uma indústria possuidora apenas de injetoras hidráulicas ou híbridas hoje está em situação difícil, pois seus gastos com eletricidade aumentaram drasticamente. Imagine esta empresa trocando seus equipamentos por linhas elétricas; seu custo com energia cairia entre 60% e 85%!  No caso da Toshiba, essa economia é acentudda pelo emprego de recursos como servomotores refrigerados a ar e sem ventiladores, dotados de maior rendimento por KW. Vale o mesmo para o sistema de fechamento com placas duplas. A placa móvel opera sem buchas nas colunas do fechamento, apoiada por sua vez em guias lineares diretamente na base do equipamento. Isso reduz bastante o atrito durante o movimento de abertura e fechamento, resultando em ciclos a seco menores (cerca de 25%) e, em decorrência, menor consumo de energia.
O sistema adotado pela Toshiba Machine possui servomotores refrigerados a ar e sem ventiladores, que propiciam ainda mais economia de energia, mesmo quando comparado ao sistema de outras injetoras elétricas, pois além deste benefício, utilizamos polias e correias que multiplicam a força e nos permitem utilizar servomotores com maior rendimento por KW, resultando em um menor consumo de energia. Existem características em nossas máquinas que somadas ajudam ainda mais na economia de energia elétrica, por exemplo nosso sistema de fechamento possui placas duplas, sendo a placa móvel isenta de buchas nas colunas do fechamento. Esta é apoiada em guias lineares diretamente na base do equipamento, o que reduz drasticamente o atrito durante o movimento de abertura e fechamento, resultando em ciclos a seco menores (cerca de 25%) e menor consumo de energia elétrica, além de não utilizar graxa nas colunas, o que gera economia e limpeza na área do molde. Outro ponto interessante está na unidade de injeção da Toshiba: o movimento linear da rosca de plastificação (movimento linear = injeção, descompressão dianteira e traseira) também é apoiado em guias lineares, resultando em menor atrito, maior aceleração e menor dispêndio de eletricidade.

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