“Não posso me contaminar com notícia ruim e crise é um momento bom para empreender”. Assim vacinado contra o micróbio da depressão, Everton Mellado, presidente da Advanced Polymers, se prepara para vestir dois chapéus. Após cinco anos de ascensão na revenda de plásticos de engenharia, chegou a hora de completar o cerco ao mercado com outra frente de atuação. “Vamos estrear em 2016 no beneficiamento de poliamida (PA) 6 e 6.6 e polibutileno tereftalato (PBT) mediante investimento numa extrusora dupla rosca operada em nosso galpão, em Taboão da Serra (SP) por componedor parceiro”, descreve o empresário arisco a nomear. Com essa tacada, completa o industrial, a Advanced Polymers vira a página da praxe mantida há três anos de encomendar a terceiros a aditivação de polímeros nobres do seu estoque. “Também ainda é assim que tingimos policarbonato (PC)”, ele emenda.
É um desdobramento natural de um negócio orçado em 45-50 t/mês em 2010 e quintuplicado em cinco anos. “Apenas de 2013 a 2014 o movimento cresceu 36%”, acrescenta Mellado. A trajetória foi calcada na revenda independente de polímeros virgens, cerca de 80% importados, em volumes fracionados e acondicionados em sacaria com a marca da empresa. “Chegamos aos compradores em regra fora do raio de alcance dos fornecedores de maior porte, em especial em peças automotivas originais e itens da linha branca, a exemplo de puxadores e botões de POM”, situa o dirigente. Na selfie atual do mostruário, ele abre, também constam poliacetal (POM), polimetilmetacrilatos (PMMS), polissulfeto de fenileno (PPS) e poliuretano termoplástico (TPU).
Em Taboão da Serra, ele conta, sua capacidade de estocagem anda hoje em 450 toneladas. Entre as justificativas para investir ali em beneficiamento, ele ilustra com a necessidade sentida de ofertar complementarmente PA com fibra de vidro e com a constatação de apenas dois componedores, ambos de calibre global, hoje atuantes em PBT na praça.
Mellado diz não estar atrás de ganhos em volume, mas de valor acrescido a vendas adjetivadas como técnicas num mercado mais trabalhoso, pois de volumes picados. Para dar conta de uma carteira estimada em 140 clientes ativos, alojados em especial no Sudeste, a Advanced Polymers se escora numa infra enxuta, a cargo de gerente comercial, 11 vendedores externos e dois internos, além de dois técnicos para assistência e P&D. “Devido à parceria estabelecida com transportadoras, o pedido colocado até 16:00 é entregue em até um dia em qualquer ponto do país”, assegura Mellado. Das novidades em campo, ele destaca seu ingresso passo a passo na revenda de copolímero de acrilonitrila butadieno estireno (ABS). “Trata-se de um material de engenharia algo fora do nosso perfil, pois marcado por maior disputa de preço e volumes robustos”, ele observa. O pano de fundo, porém, apesar da provação da economia, ainda emite réstias de luz para ABS e demais resinas nobres importadas. “O negócio da Advanced Polymers não é afetado pela cotação do dólar, mas pela volatilidade cambial dificultando a definição de um patamar para a moeda”, argumenta Mellado. “Em contrapartida, Wtemos vendido para quem tem voltado a produzir aqui peças que antes importava com o dólar baixo”. •
Ecomarketing fake de supermercados no Reino Unido
Flexíveis pós-consumo não seguiam para reciclagem assegurada pelas redes