“O consumo de carbonato de cálcio no setor plástico aumentou significativamente”, constata Rafael Sakamoto, da Imerys

Empresa desfruta engorda do mercado interno com maior capacidade do mineral tipo cretáceo
PVC: beneficiamento do vinil é viga mestra da demanda de carbonato de cálcio.
PVC: beneficiamento do vinil é viga mestra da demanda de carbonato de cálcio.

  Nº1 na produção brasileira de carbonato de cálcio, a Imerys degusta em 2025 seu primeiro ano com maior poderio no fornecimento do tipo cretáceo, ultra utilizado na melhoria e adequação de propriedades de resinas, mérito da partida, em setembro passado, no município cearense de Quixeré de sua mais nova planta de beneficiamento do mineral. Nesta entrevista, o diretor de vendas Rafael Sakamoto desvenda a entusiasmada visão da Imerys sobre a persistente evolução do consumo nacional do tipo cretáceo pela indústria plástica do país.

Diretor de Vendas - Rafael Sakamoto
Rafael Sakamoto: soluções minerais que aumentam valor agregado e reduzem custo para formulações plásticas.

Quando foi inaugurada a unidade em Quixeré e, com ela, como fica o parque de fábricas de beneficiamento de carbonato de cálcio cretáceo da empresa no Brasil?

A unidade de Quixeré foi inaugurada em setembro de 2024, elevando para seis nosso efetivo de fábricas para obtenção do carbonato de cálcio em questão.

Poderia avaliar, com base nos últimos cinco anos, a evolução do consumo anual de carbonato de cálcio cretáceo (todos os fornecedores) no setor plástico no Brasil? Entre os campos de aplicação do mineral no país, qual a situação do setor plástico?

Nos últimos cinco anos o consumo nacional de carbonato de cálcio no Brasil aumentou significativamente, em virtude da melhoria do portfólio e lançamento de produtos pela Imerys, da incorporação de inovação tecnológica do setor em processo, máquinas, ferramentas, metodologias analíticas e controles e, por fim, pesaram a favor a modernização de formulações dos produtos plásticos e a criação e atualizações de normas regulatórias. A Imerys é líder na produção de carbonato de cálcio no Brasil e, com a nova unidade no Ceará, tornou-se um dos principais fornecedores do tipo cretáceo, muito utilizado no setor plástico em tubos e conexões, masterbatches e compostos, principalmente.

Quais as principais melhorias recentes introduzidas pela Imerys nas propriedades e atrativos econômicos do seu carbonato de cálcio cretáceo para aplicações em plásticos?

Contamos com linhas de produtos mais técnicos, focando em pureza química e rígido controle de distribuição granulométrica, para melhor incorporação do mineral aos compostos termoplásticos. Isso garante estabilidade de processos e propriedades do produto final, seja em estabilidade dimensional, resistência ao impacto e aspectos superficiais.

No plano geral, quais as perspectivas para a demanda de carbonato de cálcio para plásticos neste 2025 de inflação alta, crédito caro e retração do poder aquisitivo no Brasil?

2025 vem se apresentando um ano de incertezas com a economia instável, variação cambial e taxação de insumos, entre outros desafios para a cadeia do plástico. Nesta perspectiva, a Imerys vem se consolidando ano após ano como provedor de soluções minerais com amplo portfólio para as mais variadas aplicações de termoplástico, desde as sacolinhas aos plásticos de engenharia, dos produtos rotomoldados às embalagens de ráfia, dos tubos e conexões aos demais produtos de PVC em geral. A utilização dos nossos minerais aporta funcionalidades específicas com valor agregado, além de ser uma alternativa de redução de custo a outros insumos, uma necessidade neste ambiente desafiador. No caso específico da Imerys, temos investido consideravelmente nos últimos anos no Brasil, sendo o carbonato de cálcio uma das nossas principais soluções minerais com forte posicionamento de mercado e amplo portfólio. Com a partida da planta de Quixeré, ampliamos e diversificamos nossa presença territorial num dos principais polos de transformação de plásticos no Brasil. Para 2025 projetamos crescimento de volume no cretáceo e uma capacidade instalada total de 800.000 t/a de carbonato de cálcio.
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