Em 2024, o Brasil importou 150.918 toneladas de PET virgem ou cerca de 15% da sua capacidade do poliéster, cuja demanda interna beira 600.000 t/a. O volume importado também supera as 88.823 toneladas exportadas pelo Brasil no ano passado. Qual a justificativa para importação tão expressiva de um material com capacidade doméstica de sobra?
Como avalia o impacto, nos preços de tipos nacionais de PET virgem, da alíquota tarifária de 25% vigente desde agosto de 2024 para grades importados? Acha que ela deve ser renovada em outubro de 2025, inclusive para os EUA, num ambiente dominado pela aversão de Trump a guerras e ameaças tarifárias daqui por diante?
Então, como aferir, de forma satisfatória, os pontos mais vulneráveis da indústria brasileira de PET diante do cenário internacional?
Por que, em especial desde 2024, sumiram as notícias de investimentos em novas fábricas e recicladoras bottle to bottle (BTB) no Brasil?
Qual a produção de PET grau virgem e a demanda de PET reciclado no Brasil em 2024?
Com Trump apoiando a energia fóssil e dando as costas à energia limpa, o que se pode esperar para rPET no mundo e no Brasil em 2025?
Com o governo mantendo o hábito de postergar a abolição dos lixões e implantação da coleta seletiva em troca de aterros sanitários, o que se pode esperar para a contribuição ambiental de PET em 2025, à medida em que se aproximem as eleições brasileiras de 2026?
São mínimas as nossas expectativas de que o setor público venha melhorar o serviço de coleta seletiva e recuperar quantidades robustas de garrafas pós-consumo que hoje estão sendo enterradas em lixões. Temos esperança que os modelos de centrais de triagem possam crescer e evitar que o material reciclável seja enterrado.
O setor do PET continuará contribuindo, como sempre fez, gerando emprego e renda em diversos elos da cadeia de valor, onde uma parcela de cerca de 40% dos mais de R$ 3,2 bilhões de faturamento do setor de reciclados fica no primeiro elo da cadeia. Ou seja, sucateiros, catadores, cooperativas. Esta é a forma como o setor industrial sabe colaborar. Não temos experiência em coleta pública ou em programas de comunicação, mas, sim, em tecnologia e muito trabalho nas atividades industriais.