Pedra cantada devido às irreconciliáveis realidades do I e III Mundos e às divergências entre economias mais e menos dependentes do petróleo, saíram pelo ralo as negociações entre175 países na Coreia do Sul, sob auspícios da ONU, de mais um tratado global para frear o consumo e afiar a regulamentação do uso de plásticos. Admitido em constrangedor tom oficial em 1/12, o fiasco dá rédeas, em meio ao crescente excedente mundial de resinas, ao prometido empurrão de Trump na mineração americana de fontes fósseis de energia (com óbvia extensão em polímeros) e à continuidade de investimentos em petroquímicas na Ásia. No Oriente Médio, esse bicho pega por agregar valor ao sólido negócio do petróleo abundante. É este o espírito do plano brandido pela companhia privada Al Baleed Petrochemical de montar um complexo de alcance transnacional em Salalah, no Omã, para produzir químicos a partir de matérias-primas locais, como gás liquefeito do petróleo, metanol e amônia, registrou em 28/11 o site Oman Observer.
A primeira mostra de seriedade das intenções das Al Baleed Petrochemical aflorou ao final de novembro no acordo assindo com a norte-americana Lummus, notória licenciadora de tecnologias para processamento de petroquímicos básicos e polímeros. No caso, o memorando de entendimentos firmado, sem definição de cifras, refere-se à primeira planta de desidrogenação de propano (PDH) do sultanato de Omã, erguida na zona franca de Salalah tendo em vista uma produção competitiva de polipropileno (PP). Esta unidade do intermediário será alimentada com gás liquefeito do petróleo provido pela estatal de energia OQ, atuante no refino de petróleo e produtora de químicos como poliolefinas.