Plásticos de uso único estão com os dias contados na Nigéria, país que lidera o fornecimento de petróleo e gás na África e o único produtor de resina virgem na costa ocidental do continente, no golfo da Guiné. A contagem regressiva para os descartáveis plásticos, conforme divulga o site Sustainable Plastics, foi aberta com a constituição, pelo ministério nigeriano do meio ambiente, de um comitê incumbido de disseminar a cultura da circularidade de modo que o país atinja um patamar ok de sustentabilidade a médio (2030) e longo prazos (2050). Entre as medidas nessa direção, consta o banimento de plásticos de uso único das compras do governo, dando o exemplo de combate à sucata polimérica para a população. De acordo com dados cruzados e destrinchados de consultorias, 10% do PIB nigeriano provém do petróleo e gás e indicadores de 2019 apontavam para produção local de 322.000 toneladas de PE, 101.000 de PP e 75.000 de PET. Para este ano, está programada a partida em Lekki, na capital Lagos, do complexo de 3.1 milhões de t/a de propeno, PP e PE do Dagote Group, por sinal também transformador de sacaria de ráfia e sacolas de compras. O país conta com oito plantas de reciclagem e recupera menos de 12% do plástico pós-consumo descartado. A propósito, sachês de água potável, de produção mais em conta que garrafas de PET, figuram entre os plásticos de uso único em destaque no país – mais de 60 milhões de unidades são consumidas e descartadas por dia, segundo pesquisa publicada em 2020.
Brasil: queda recorde na reciclagem em 2023
Superoferta de resina virgem reduziu produção e margens do PCR