Neve plástica é negócio que não esfria nos EUA

Flocos artificiais marcam decoração das festas de fim de ano
Buffalo Snow: mostruário diversificado de flocos resultantes de filmes triturados.
Buffalo Snow: mostruário diversificado de flocos resultantes de filmes triturados.

De junho a outubro, a fábrica da Buffalo Snow roda a pleno para atender o sazonal surto na demanda natalina por seu produto nos EUA: neve plástica, negócio merecedor de reportagem postada em 11/8 no New York Times (NYT). Na ativa desde os anos 1980 em Depew, estado de Nova York, esta transformadora controlada pela indústria Fibrix é um dos principais produtores americanos de neve artificial, ofertada na seção de artigos de decoração em lojas de departamentos e supermercadistas, tipo Walmart, e utilizada na cenografia de filmagens.

A planta da Buffalo Snow produz, em média, cerca de 500.000 t/a de “flocos” de resinas como PE e PET, resultantes da trituração de bobinas de filmes brancos. Neve é menção obrigatória na paisagem invernal dos EUA. No entanto, assinala a reportagem do NYT, sua presença é restrita em muitos locais do país por causa de temperaturas elevadas, fator aliás aguçado pelas mudanças climáticas. E quando o inverno tarda ou a nevasca é tímida, fornecedores da neve plástica aplacam a procura acesa por seus flocos fake para dar o clima esperado nas datas festivas de fim de ano no hemisfério norte.

A Buffalo Snow comparece nesse quadro com um mostruário de grades de neve opacos e brilhantes com vários níveis de maciez. Segundo o artigo do jornal, como o negócio dos flocos não basta para a planta da empresa rodar rentável o ano inteiro, de janeiro a maio ela produz itens como fibras não detalhadas para estofamento de colchões, travesseiros e brinquedos. A divisão da neve plástica vende em média US$ 7 milhões ao ano e responde por volta de metade da receita da Buffalo Snow.

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