Macarrão instantâneo: Nissin corta embalagens de EPS

Banimento já introduz papel em copos de miojo nos EUA
Copo de EPS e substituto de papel com teor reciclado: mudança vai abranger toda a produção mundial de massas da Nissin Foods.
Copo de EPS e substituto de papel com teor reciclado: mudança vai abranger toda a produção mundial de massas da Nissin Foods.

Sinônimo mundial de miojo (a massa mais consumida no Brasil), a japonesa Nissin Fooods anuncia estar se divorciando de uma embalagem que a acompanha há cerca de meio século, informa artigo no site Plastics Engineering. O banimento vai tomar vulto em 2024 nos EUA com poliestireno expandido (EPS) sendo apeado dos copos de miojo para viagem (on the go) pela alternativa, dada como 100% alinhada com a sustentabilidade, do papel que pode ser submetido ao micro-ondas sem depender de água fervente. Além do mais, o novo copo se distingue por apresentar 40% de teor de fibra recuperada e rótulo de papel reciclado. Michael Price, presidente e CEO da Nissin Foods EUA salienta que a rejeição absoluta a EPS nas suas embalagens integra o compromisso do grupo de apoiar a redução de 30% das emissões globais de dióxido de carbono até 2030 e de contribuir para tornar o planeta carbono neutro até 2050.

A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) constitui a única ferramenta científica aceita para se determinar o que é realmente sustentável, atesta o pesquisador e PhD norte-americano Chris De Armitt em seu livro O Paradoxo dos Plásticos. “Consta de uma técnica  de avaliação e quantificação  de possíveis impactos ambientais  associados a um produto (bem ou serviço) ou processo”, ele define. A ACV é empregada sobre todos os estágios de ciclo de vida do que está sendo examinado, “desde a aquisição da matéria-prima ou sua geração através de recursos naturais até sua disposição final (descarte ou reciclagem)”. Com base em comparativos entre ACVs independentes, De Armitt conclui: “plástico é uma escolha muito melhor que algodão, metal, vidro e, geralmente, papel”. Substituir o plástico, reitera o cientista, “resulta em muito mais material usado, mais energia consumida, mais resíduos e na liberação de mais dióxido de carbono”. Em momento algum de seu comunicado ao mercado a Nissin Foods menciona qualquer cotejo entre ACVs de EPS e papel.

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