Pesadelo anterior à metralhadora tarifária de Donald Trump, os custos de energia, impraticáveis desde a guerra Rússia x Ucrânia e pressionados pelo excedente global de resinas, vêm ceifando os flancos vulneráveis da petroquímica europeia. A rodada de baixas em 2025 foi aberta com o anúncio do conglomerado LyondellBasell de fechar a planta mantida em joint venture com a Covestro em Maasvlakte, Holanda e dedicada à produção de estireno e óxido de propeno, conforme relatou em 11/02 o site da consultoria Argus.
No momento, a LyondellBasell negocia com sindicatos e entidades trabalhistas condições para compensar os funcionários com postos de trabalho afetados pela desativação da unidade e para apoiá-los na busca de outras colocações no mercado. Essas propostas constam de um plano a ser aprovado pelos funcionários até o final de fevereiro. A propósito, assinala a matéria do site Argus, LyondellBasell e Covestro se esquivam por ora de informar se pretendem vender a fábrica na ativa há 20 anos, operada por 160 empregados e com capacidades instaladas de 315.000 t/a de óxido de propeno e 640.000 t/a de estireno. No tocante à LyondellBasell, o desligamento da unidade holandesa está em linha com a revisão de sua estrutura industrial na Europa, anunciada em maio de 2024 e focada na eliminação de seis plantas consideradas não mais essenciais ao negócio por vocação do gupo petroquímico, entre eles a fábrica em Maassvlakte, por sinal submetida a paradas desde dezembro de 2024.