Linha branca: PS permanece numa fria
Bens duráveis formam entre as primeiras vítimas do consumo sob recessão. As vendas de carros são a referência imediata, mas os eletrodomésticos também passam um cortado. Varredura tirada do forno pela entidade Eletros constata que 2016 foi o quarto ano seguido de vermelho na receita dos eletrodomésticos. No compartimento da linha branca, a entidade aferiu no período a comercialização de 12,9 milhões de unidades de geladeiras, lavadoras e fogões, bem longe dos 18 milhões entregues em 2013 e 18,9 milhões em 2012, ano em que o setor se deliciava com exclusivos incentivos fiscais retirados no exercício seguinte. O déficit de -10,5% frente à receita de 2015, torna a linha branca um prato indigesto para as duas resinas commodities dominantes na injeção de componentes para a linha branca. Na esfera de polipropileno (PP), o baque é sólido, mas atenuado pela variedade de mercados do termoplástico, de consumo afagado em redutos como ráfia, a reboque da robustez do agronegócio. Mas não existe o respiradouro da diversidade para poliestireno (PS), resina que impera no interior de geladeiras, segmento que responde, a grosso modo, por cerca de 50% do seu mercado interno, completado por embalagens e descartáveis. Essa retração por quatro anos seguidos contribui para justificar o incremento das exportações de PS em 2016.
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