IPEA rebaixa previsão para o PIB
Embora o Dia do Trabalho caia em maio, no retrospecto deste ano, por trapaças da sorte, o quinto mês do calendário vai marcar como o período de uma letargia forçada e letal para os balanços do empresariado. De acordo com a recém divulgada análise conjuntural do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), mal saiu do primeiro quadrimestre, o Brasil esboçava melhora da demanda interna e da produção industrial, mas, ao dobrar a curva sinuosa de maio, trombou com os 11 dias da greve dos caminhoneiros. Em decorrência, calcula o IPEA, a queda generalizada nas cadeias produtivas atingiu o recorde histórico de 13,4% entre maio e abril. “Em termos interanuais, o tombo chegaria a 9,8%”, assinala a avaliação do instituto estatal”. No embalo, a entidade rebaixa para 1,7% a sua previsão de avanço para o PIB de 2018, projetado em 3% em março passado. Para salgar ainda mais a chaga exposta, o IPEA atribui a deterioração do ambiente econômico à disparada do dólar e ao que a entidade rotula como “questões domésticas”- para bom entendedor, a instabilidade política, o engavetamento das reformas, o sumiço da confiança para investimentos e, por causa disso tudo e da economia tinindo nos EUA, o capital estrangeiro no momento em debandada da Bolsa. O setor plástico não escapou dessa reviravolta, como espelham o reajuste de dois dígitos percentuais nos preços das resinas commodities desde o início do ano e a retração dos pedidos em carteira dos transformadores, devido à pontual dificuldade para entregas e a desova insuficiente de estoques notada em regra na indústrias de produtos finais. Esse cenário do primeiro semestre e a consequente reformulação das previsões do setor plástico para o exercício de 2018 protagonizam reportagem especial da próxima edição de Plásticos em Revista.
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