Índia: pouches ampliam consumo de leite
Epicentro da desnutrição crônica em escala global. Foi assim que, em 2015, o jornal New York Times definiu a Índia, com base em indicadores liberados pelo governo do país, atestando que suas crianças têm mais probabilidade de passar fome que as das nações mais pobres da África. De dois anos para cá, a guerra contra a desnutrição ainda tem chão pela frente, mas o plástico tem contribuído para abreviá-la. Recipientes como pouches têm sido vitais para aumentar o contingente de consumidores indianos de leite. “A oferta de laticínios em embalagens menores e acessíveis está mudando a dinâmica do mercado, estendendo as vendas na zona rural e nas áreas de classe média baixa”, observou R.S. Shodi, diretor geral de uma federação de cooperativas de leite de de Gujarat, um dos 28 estados da Índia em recente evento da entidade Indian Institute of Packaging coberto pelo jornal norte-americano Plastics News. Mas o avanço da penetração do alimento ainda é tímido, pois, calcula o porta-voz das cooperativas, o consumo per capita de lácteos no país anda em 4,3 kg/a ou cerca de 10% dos indicadores relativos aos países desenvolvidos. Mas a expansão nas vendas de leite embute uma preocupação por ora pendente do lado da sustentabilidade: a insuficiente estrutura de reciclagem na Índia. Essa lacuna tem sido aproveitada por ambientalistas para criticar o plástico em fóruns, afetando por tabela a indústria de embalagens, e por lobistas para sensibilizar o poder público a adotar medidas políticas contra o material, constatou no mesmo seminário Rajev Kapoor, secretário do departamento de químicos e petroquímicos do governo indiano. “Precisamos melhorar a tecnologia e educar a população para tirar a conotação negativa do plástico e garantir que ele pode ser coletado, recuperado e gerar um modelo de negócios viável mediante o desenvolvimento de indústrias de reciclagem”.
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