O esplendor dos últimos indicadores chega a ser abusivo para uma economia que mal evoluiu 1% ao ano na última década. O fato é que o consumo aparente de embalagens plásticas flexíveis fechou 2020 na marca de 2.046 milhões de toneladas, índice recorde no cômputo desde 2010, tal como a produção de 2.088 milhões de toneladas no ano passado, indicando ocupação de 75% da capacidade instalada orçada na faixa de 2.800 milhões de toneladas.
Claro que esse desempenho platinum plus veio na garupa da soma do auxílio emergencial de R$600 com a primazia dada pela população confinada a gastos com produtos essenciais, alimentos à frente. E para este ano, uma vez que a vacinação segue lenta e a propagação do vírus continua inquietadora, o consenso na indústria de embalagens plásticas flexíveis é de que o bis dos números portentosos do ano passado tende, pela lógica e sem intromissão do Sobrenatural de Almeida, a dar as caras no balanço do exercício atual, mesmo com desemprego recorde, inflação à solta, dólar nas alturas e poder aquisitivo minado pelo auxílio emergencial menor e pelo encarecimento de despesas incontornáveis como combustível, gás de cozinha, energia elétrica e medicamentos.
Bastariam esses sinais de continuidade de êxtase com a demanda de embalagens flexíveis, reduto dominado por filmes de polietileno (PE) e polipropileno (PP), para fazer fornecedores de resinas e materiais auxiliares sorrirem de orelha a orelha. Mas as razões para tanto entusiasmo, assim como o melhor estímulo para intensificarem o requinte e alta fluidez de seus desenvolvimentos, como prova a abundância de referências nas páginas seguintes, vão além da vista aérea dos números pontuais. Descendo bem mais fundo com as lentes setoriais, a partilha da produção de 2.088 milhões de toneladas de embalagens flexíveis no último período contempla com a liderança (33%) um altar da devoção tecnológica de PP, PE, masterbatches, compostos e aditivos: as estruturas multicamada (coex e laminados) de alto valor agregado e, por tabela, bem receptivas a formulações avançadas. E, para adoçar ainda mais as perspectivas, as fatias de shrink e stretch, películas que também demandam matérias-primas cada vez mais diferenciadas, somam participação de 25%.
O frenesi toma conta dos bastidores do filme.
Um elenco de astros
Inovações em PE e PP da Braskem roubam a cena nos filmes
A produção brasileira de embalagens flexíveis virou a década com produção recorde: 2.088 milhões de toneladas em 2020, ápice de uma trajetória de crescimento constante no cômputo a partir de 2010, quando o volume aferido foi de 1.814 milhão de toneladas, e com levíssimos declínios apenas em 2011 e 2016, atestam monitoramentos setoriais. A produção no auge tem justificativa óbvia no império dos filmes de polietileno (PE) e polipropileno (PP) no embalamento de produtos essenciais, alimentos à frente, cujo giro pega fogo desde o ano passado, fruto da combustão causada pelo auxílio emergencial e ênfase dada aos gastos domésticos pela população enfurnada em casa até a vacinação conseguir destronar o corona.
Depois dessa abertura, será preciso desenhar para explicar porque o fluxo de sacadas em poliolefinas para flexíveis não sai do modo play na Braskem? Julio Lottermann, líder de serviços técnicos e desenvolvimento, demonstra o poderio deste elenco de astros dos filmes com a recente chegada às extrusoras do grade de polietileno linear metalocênico (PEBDLm) Proxess 3310. “Alia rigidez e resistência mecânica ao processamento facilitado para películas usuais, a exemplo de shrink monocamada, ou para coextrusadas complexas, como as de bisnagas”, abrange o expert. No embalo, ele põe na vitrine três inovações no cercado de polietileno de alta densidade (PEAD). De cunho multiuso, tanto para estruturas mono como coex e laminadas, o homopolímero HD5000N, sobressai pelo processamento e barreira à umidade, assinala Lottermann. Já para aplicações como sacolas, dependentes de alta tenacidade e resistência ao impacto em filmes de baixa espessura, a pedida da Braskem é o grade bimodal HD2000F. O técnico fecha o trio de inovações em PEAD com Flexus 9213S, copolímero obtido de catalisador metalocênico e desenhado para endurecer o controle de aditivos migratórios. “Auxilia na estabilidade do coeficiente de atrito (COF), manutenção do tratamento corona e na adesão da impressão sobre o filme”, ele expõe. “Em composições coex e laminadas esse grade deve ser, de preferência, empregado nas camadas externas”.
O portfólio de PE da Braskem também não deixa em branco qualquer peculiaridade de filmes shrink e stretch. No camarote da película termoencolhível, Lottermann destaca o brilho e transparência providos pelas resinas lineares metalocênicas Proxess 1509 XP e Flexus 9200 e 9211. No âmbito de PEAD, o especialista enaltece o grade HE 150, por vitaminar a rigidez e translucidez de stretch e shrink. Na raia de stretch, o executivo distingue a combinação do grade de PEBDL metalocênico Flexus 3600 com RF70, copolímero random de polipropileno (PP) de fluidez média. “ A resina Flexus pode substituir soluções com PEBDL base octeno e a RF70, destinada à camada externa do stretch, aumenta a estabilidade na unitização do pallet, a segurança no seu transporte e o tempo de propagação do rasgo”.
Pente-fino de vanguarda na cor e brilho
Apresentado como o primeiro espectrofotômetro de bancada a integrar um sensor de brilho a 60°, compatível com a norma ISO 2813 o equipamento CM-36dG da Konica Minolta Sensing é capaz de medir cor tanto em refletância quanto em transmitância, enaltece o gerente técnico e comercial Grelton Nascimento. A medição simultânea de cor e brilho, afiança o especialista, permite ao usuário do espectrofotômetro reduzir o tempo de medição e despesas de manutenção. Ou seja, o fluxo de controle de qualidade é agilizado e cai a incidência de erros de operação. O CM-36dG é o primeiro equipamento em seu segmento munido de um diferencial da Konica Minolta: o sistema opcional de análise e ajuste dos comprimentos de onda (WAA). Utilizado em conjunto com a manutenção e calibração anual, ele contribui para estabilizar ainda mais as operações. Nascimento assinala que o novo espectrofotômetro é compatível com o software Colibri, contemplando componedores de masters com a formulação de receitas de cor em várias aplicações compartilhando dados de medição em tempo real. Segundo o executivo, o sistema do equipamento é o único capaz de formular receitas para amostras com qualquer nível de translucidez.
BOPE sai do fogo brando
Misturas de flexíveis pós-consumo e resina virgem virgem, dois grades de PEBDL são acenados pela Braskem para películas mono e multimaterial sem contato com alimentos. Ambos formam na série RPL sendo transparente o tipo 4C2 BL e branco o grade 4C5 WE, diferencia Lottermann. “Para uso específico em shrink, estamos desenvolvendo as resinas DL085B e para stretch, as da família DL085D, ambas mesclando reciclado e virgem”, adianta Lottermann. “Em PEAD, essa fórmula comparece no grade DA065A talhado para uso em pequenas quantidades em estruturas de shrink e stretch que requerem ganhos de rigidez em filmes pigmentados”.
Tecnologia mantida por bom tempo em fogo brando, a produção de filme biorientado de PEBDL ou PEAD (BOPE) foi içada pela economia circular para toda petroquímica atuante em poliolefinas que se preze. A Braskem integra esse esquadrão desde 2019, quando imergiu, em parceria com não revelado fabricante de extrusoras para filmes biorientados, no desenvolvimento de grades para essa aplicação acenada para trocar estruturas flexíveis multimaterial por mono (PE), de modo a simplificar a reciclagem mecânica de seus resíduos pós-consumo. “O maior desafio é unir as propriedades mecânicas e ópticas com a processabilidade do filme na biorientação”, considera Lottermann.
Acima de 600 m/min
No dicionário dos plásticos, PP é sinônimo de versatilidade de usos e, no compartimento de flexíveis, sua participação foi orçada em 15% do volume recorde de 2.088 milhões de toneladas produzido no Brasil em 2020. Lottermann aproveita a deixa para frisar que a Braskem marca os humores e exigências desse segmento com mais de 10 grades de PP.
Entre os mais recentes, ele aponta para a entrada em cena em fevereiro último do homopolímero Proxess H33, incumbido de incrementar propriedades mecânicas e ópticas de BOPP. “As propriedades reológicas do polímero são cruciais para a estabilidade de um processo transcorrido em velocidades que podem superar 600 m/min”, acentua Lottermann. “O desenvolvimento de Proxess H33 visou o maior equilíbrio no balanço de propriedades relacionadas à viscosidade e elasticidade, suportando em condições mais críticas de temperatura o trabalho realizado com extrema rapidez na laminação e empacotamento automático”. Em paralelo, o expert prevê para este ano a saída do pipeline de um terpolímero de PP que suporta temperatura inicial de selagem de 105ºC e sem conter estearato de cálcio. “Esse grade marca pela janela maior de selagem e adequação às altas velocidades de envase”, ele nota, indicando o desenvolvimento para a camada de vedação.
BOPP e CPP (PP cast) para acondicionamento de produtos fora da seara dos alimentos compõem o foco de PCR DP 240A, homopolímero hoje em desenvolvimento na Braskem e procedente da reciclagem de refugo rígido de PP. “os primeiros testes foram promissores e um ponto alto é a cor do material, próxima de PP sem pigmento, possibilitando bom processamento e menor incidência de géis e resistência do fundido”, sublinha Lottermann.
O arsenal da retaguarda
Masters e aditivos que dão as cartas
Desde sempre, filmes de poliolefinas, dada a amplitude do consumo e requisitos de processamento e performance final, formam na comissão de frente das fontes inspiradoras para masters e aditivos. Essa dianteira vem sendo alargada pela devoção geral à economia circular, cobrando das películas pós-consumo uma reciclabilidade sem poréns e uma gama crescente de reúso do material assim recuperado.
Componedora norte-americana com plantas no Brasil e Argentina, a Ampacet reflete este estado de espírito através da tecnologia COLORTUNE. “O nível de qualidade proporcionada à coloração de polietileno (PE) e polipropileno (PP) pós-consumo preenche as expectativas dos donos de marcas de produtos finais (brand owners)”, atesta o gerente de negócio estratégico Eliton da Silva. No embalo, ele ressalta, para viabilizar a reciclagem mecânica de flexíveis multimaterial o lançamento de ReVive™. Trata-se de uma solução burilada para compatibilizar resinas apolares, como PP e PE, com polares como agentes de barreira. Ainda no cercado da sustentabilidade, Silva apresenta a família de aditivos BIAXCE™, desenhada para filmes mono e biorientados de PE (BOPE), estes últimos bem-vistos como via para tornar monomaterial (só PE) e mais fácil de reciclar estruturas integradas por polímeros incompatíveis entre si. No Brasil, a Braskem já imerge no ajuste de grades de PEAD e PEBDL à biorientação do filme, por ora inédito por aqui.
Na esfera de PP, Silva brande o lançamento de um fluidificante isento de peróxidos para incrementar a reciclagem da poliolefina. “Assegura segurança no manuseio e facilita a adequação do índice de fluidez conforme a necessidade do processo de transformação”. No arremate das suas recentes soluções para PP reciclado, o gerente alinha o antioxidante 100900 como estabilizante térmico de processo. “Reduz o amarelamento e recupera propriedades mecânicas e de selagem”.
Tonalidades especiais
Fora do púlpito verde, a Ampacet introduziu para filmes no ano passado a linha de cores Econoblend com pontos de venda na performance, baixa dosagem e custo/benefício. “Para stretch, foram lançadas cores com formulação e processamento desenvolvidos para não afetar propriedades mecânicas e de ‘pega’”, distingue Silva. No front dos coextrusados e shrink, ele destaca a receptividade obtida pelo composto MATIP 347, cujo efeito mate/fosqueante, ensejando nível de brilho 10 e efeito similar ao papel. Entre antideslizantes, a nova menina dos olhos é o agente Antislip 975, formulado com componentes orgânicos e não abrasivos. “Não causa impacto visual e ao toque na rugosidade do filme”, explica o especialista.
O mercado de filmes pigmentados de PP, ele prossegue, não usa em regra cores de linha, mas tem requerido a concepção de tonalidades especiais adequadas a extrusoras de alta produtividade e películas de espessura baixa. A Ampacet preenche este espaço com sua tecnologia SMARTCOLOR, informa o executivo, mediante a qual clientes são contemplados com masters de dosagem reduzida, estabilidade de cor, transição facilitada entre cores e geração menor de impurezas no cabeçote das extrusoras.
No canteiro dos aditivos da Ampacet para filmes de PP, uma bola da vez é o antibloqueio HOBLOCK 5™, realçado por Silva pela restrita/nula interação com outros aditivos e pelo baixo impacto nas propriedades mecânicas e ópticas da película. Em termos de PE, o gerente empunha masters antiestáticos como o AE977, de rápido efeito em casos em que poucos dias se passam da fabricação ao uso do filme no empacotamento automático. Outro plus da linha de antiestáticos é o aditivo AE314, vocacionado para extrusão de matriz plana.
Tapete vermelho para BOPP
Hoje nas cercanias de 200.000 t/a, a produção brasileira de BOPP é um mercado chave para masters e aditivos produzidos pela Lyondell Basell em Sumaré, no interior paulista. Entre as novidades, Roberto Castilho, diretor comercial para a América do Sul, chama o palco o agente deslizante Polybatch® SPER 6 TS, por aliar estabilidade e baixo coeficiente de atrito e enaltece sua linha de antiestáticos de migração lenta e rápida e, também dentro dessa série, o custo/benefício do recém-chegado Polybatch® ASP 10. O tapete vermelho estendido para BOPP prossegue com novidades como o master antiestático e deslizante Polybatch® FASP 718 , expõe Castilho, brandindo ainda a família de masters brancos e opacos, concentrados de efeito mate e a solução Polybatch® CPS 606. “É um concentrado que aumenta a barreira ao vapor d’água do BOPP e possibilita a redução de espessura da estrutura da embalagem”, ele sumariza.
No plano geral dos filmes de poliolefinas, Castilho pesca do catálogo da Lyondell Basell uma leva de lançamentos em materiais auxiliares: o agente de purga universal Polyclean® 80014; o concentrado deslizante e antibloqueio Polybatch® SI 150 SC (recomendado também para BOPP); o auxiliar de fluxo e antioxidante AMF 709, indicado para filmes produzidos em temperaturas acima de 280ºC e, para filmes de PE, a Lyondell Basell introduz o agente Polybatch AB 7 NG, cujo chamariz é a junção do efeito antibloqueio com maior transparência. Por sinal, uma inovação no âmbito das propriedades ópticas leva o codinome Polywhite 60 PUV. “Consta de um master branco anti UV e acenado para aplicações como stretch para proteção de feno”, esclarece o diretor.
Descartáveis higiênicos
Com projetos em andamento e por ora não especificados, a componedora Karina planeja debutar no palco dos aditivos para BOPP, adiantam Luis Carlos Pontelli Junior e Marcelo Anunciação da Silva, respectivamente supervisor responsáveis pelas vendas domésticas de especialidades poliolefínicas e especialista da área técnica e de desenvolvimento de produto. Ainda na raia de PP, os dois executivos distinguem do portfólio da componedora masters de cores com agentes clarificantes, caso de filmes planos não orientados (CPP).
Tendências de cores estabelecidas a cada ano são um mote para a Karina desenvolver formulações para filmes de PE. Da fornada deste ano, Pontelli e Anunciação se apegam a efeitos especiais como furtacor, madeira e marmorizados, e uma família de concentrados para filmes de descartáveis higiênicos (fraldas e absorventes), entre eles soluções para películas respiráveis. “É uma alternativa brasileira para um segmento dominado por componedores internacionais”, sustentam Pontelli Junior e Silva. Já em aditivos para agrofilmes de PE, a Karina ara o campo com uma novidade codificada como por MBPEB AntiUV 24. “Trata-se de um concentrado contendo pacote de estabilizantes à luz e com molécula de maior resistência química”, eles esclarecem. Na pegada da sustentabilidade em filmes de poliolefinas, as atenções da Karina voltam-se para o recente ingresso na praça do agente MPEBD Antioxidante 5, visando solucionar entraves no processo de reciclagem e uso final do material recuperado. “O antioxidante aprimora a homogeneização dos resíduos pós-consumo de diversas origens na reciclagem, diminuindo a degradação da cadeia polimérica e aproximando as propriedades do reciclado da resina virgem”, acentuam Pontelli e Silva.
Combo anticorona
A pedida para filmes coex e laminados na Termocolor são masters combo de cores aliadas a antioxidantes e auxiliares de fluxo, apontam Wagner Catrasta e Tiago Zorzo, respectivamente diretor comercial e gerente comercial da componedora. “Incorporados aos filmes, estes concentrados aceleram o processo, contribuem para a estabilidade térmica e para a homogeneização, evitando a formação de géis”, eles atestam, acrescentando ao rol de vantagens e do combo a redução do acúmulo de material no interior da matriz da extrusora. A proteção contra o corona decerto influiu em outro lançamento para filmes destacado pela dupla: um master de aditivo antiviral e antimicrobiano isento de metais pesados. “Não interfere nas propriedades ópticas, pode entrar em contato com alimentos e seu apelo tem repercutido em flexíveis transparentes”, condensa Zorzo.
Não passa em branco para a Termocolor a pressão no Brasil pelo aumento da oferta de poliolefinas recicladas de melhor padrão. Em resposta, Zorzo e Catrasta trazem à tona seu concentrado de antioxidante. “Reforça as características mecânicas e facilita a reciclagem de PP”, garante o diretor.
Desempenho preservado
A Cromaster também mantém um pé na canoa da sustentabilidade, evidenciam os compostos orgânicos na sua vitrine. “Reduzem custos, aumentam a rigidez e a substituição de resina pela carga diminui a participação do plástico no produto final, alinhando-se assim com os preceitos da economia circular”, complementa João Daniel, sócio e diretor da veterana componedora. Na mesma trilha ele insere seus concentrados de branqueadores ópticos, recurso para atenuar o amarelamento engendrado pela termoxidação no processo de reciclagem; masters antioxidantes, para bloquear a degradação no uso de resinas recuperadas e concentrados dessecantes, “para baixar a umidade residual de poliolefinas recicladas”, fecha Daniel.
A Cromaster também espreita com seu mostruário o uso de plástico pós-consumo reciclado como veículo de masterbatches. A respeito dessa solução posta na berlinda pela pregação da economia circular, Daniel julga ser diminuto o impacto dessa prática, “em função das restritas dosagens de concentrados aplicadas e da participação baixa da resina na composição dos concentrados”. Nesse contexto, ele comenta, a Cromaster tem comparecido com aditivos atenuadores da degradação térmica do material pós-consumo, aferida no segundo ou terceiro processamento da reciclagem, e com modificadores de impacto para recuperação de perda de propriedades mecânicas de poliolefinas após vários reprocessos.
O perfil da Cromaster é o de uma lapidadora de especialidades plásticas sob encomenda e, apenas no plano das cores, sinaliza a possibilidade de prover cerca de 200 tonalidades por mês. Pelo flanco das sacadas em aditivos para filmes, Daniel destaca o ibope desfrutado por seus agentes de ‘pega’ para stretch e que podem incorporar a coloração.
Carbonato de cálcio lapida compostos de PP e PE
A evolução do entrosamento com resinas e materiais auxiliares faz com que carbonato de cálcio não caiba mais na restrita definição convencional de carga para beneficiar polímeros. Nesta entrevista, Rafael Ramalli Da Silva, especialista técnico para polímeros e borrachas da Imerys, estrela guia global no mineral e sua maior produtora no Brasil, abre uma panorâmica das renovadas possibilidades para aplicações de carbonato de cálcio em filmes de poliolefinas.
Quais as inovações nas características técnicas das linhas de carbonato de cálcio da Imerys para incorporação em PP ou PE tendo em vista a produção de filmes?
Em relação ao desempenho em compostos poliolefínicos, os novos desenvolvimentos visam trabalhar carbonatos de cálcio naturais com menores tamanhos de partículas, curvas de distribuição mais justas e, em especial, tratamento superficial. Ele foca não apenas o revestimento do mineral em si, mas a tecnologia no processo de revestimento em prol de interações aprimoradas com polímeros e aditivos, conferindo assim melhores propriedades e desempenho na produção dos clientes.
Quais os avanços mais recentes nas características das linhas de carbonato de cálcio da Imerys capazes de incrementar a redução de PP ou PE e assim possibilitar ao transformador reduzir custos de produção do filme?
Carbonatos naturais finos em sua versão com tratamento superficial também são indicados para melhor dispersão em resinas poliolefínicas, possibilitando maiores dosagens sem comprometer propriedades do produto final.
Quais os avanços mais recentes em carbonatos de cálcio da Imerys que podem contribuir para elevar a opacidade e propriedades mecânicas como antibloqueio de filmes de PP e PE?
O rígido controle de composição química, coloração e tamanho de partícula dos carbonatos de cálcio naturais pode oferecer boa cobertura para se alcançar opacidade em compostos e carbonatos mais finos também apresentam ação antibloqueio para filmes. Além dos carbonatos, outros minerais como talco, caulim calcinado e diatomita calcinada são recomendados para opacidade e antibloqueio. A seleção do mineral depende da aplicação final.
Como os carbonatos de cálcio da Imerys podem contribuir para facilitar a reciclagem de resíduos pós-consumo de filmes de PP e PE?
Os carbonatos de cálcio naturais, em particular os mais finos, apresentam melhor incorporação às resinas pós-consumo e, da mesma maneira como funciona nos polímeros virgens, incrementam características reológicas do composto auxiliando na processabilidade. Além dos carbonatos, minerais como talcos e caulins auxiliam na processabilidade e características do produto final em reciclados.
Especialidades na estufa
O acondicionamento de alimentos e agrofilmes abocanharam 48% da produção brasileira de embalagens plásticas flexíveis no último período. Em resposta a esses dois segmentos de filmes de PE e PP responsáveis por cerca de 30% das vendas de seus masters e aditivos, a Cromex investe em tecnologias de concentrações de pigmentos e poder tintorial elevados, “em especial para filmes de mulching, silo bolsas e stretch”, diferenciam Cesar Ortega e Giovanni Dias, respectivamente diretor comercial e coordenador de tecnologia de produto. Retomando o fio da plasticultura, a dupla salienta contar com um portfólio de aditivos para filmes de estufa, munidos de controles de temperatura, difusores e aceleradores de performance. Ortega e Dias destacam, entre os lançamentos para flexíveis, a linha de compatibilizantes de resinas integrantes de laminados endereçados à reciclagem e um composto de efeito mate para BOPP fosco. Por sinal, eles acrescentam, a Cromex transita pelo mercado do filme biorientado com uma batelada de soluções específicas para película, incluindo brancos, antibloqueios, deslizantes, antiestáticos e auxiliares de fluxo.
O culto ao desenvolvimento sustentável motivou o lançamento da série de masters pretos NIR, observam Ortega e Dias. “São produzidos sem o pigmento negro de fumo marcam pela identificação facilitada e precisa de artefatos que incorporam esses concentrados na etapa de triagem de resíduos remetidos à reciclagem”. A propósito, eles assinalam, a Cromex conta com um time de aditivos titulares para facilitar o processamento e melhorar a qualidade dos reciclados, entre eles dessecantes, compatibilizantes, tonalizadores, redutores de odor e extensores de cadeia.
Visão desimpedida
Filmes mono e coex foram o mote para a componedora Aditive lançar o master de absorvedores de UV SL-L4540/01. “Protege o conteúdo acondicionado da radiação UV e preserva a integridade do seu sabor, odor e coloração”, sintetiza o presidente João Ortiz Guerreiro. Já para filmes multicamada cast e blow, ele segue, a novidade é o antifogging M2660/01. “Inibe a formação de gotículas ou névoa capazes de dificultar a visão do produto envasado, caso de embalagens alimentícias expostas sob temperaturas baixas”, ilustra o dirigente.
Na esfera da reciclagem de refugos plásticos como flexíveis, Ortiz exalta sua linha de antioxidantes combinados, caso do tipo M9018C, de livre trânsito em recicladoras por impedir a degradação térmica de resinas como poliolefinas, mantendo o índice de fluidez e propriedades mecânicas, mesma finalidade de outro antioxidante, M9007, ofertado para PP pós-consumo reciclado e utilizado em filmes. Também para reciclagem ele acena com os compatibilizantes M9596 para PE e M9584 para PP. Para evitar rasgos e melhorar o alongamento e resistência à flexão em filmes de baixa espessura de PE, a dica de Ortiz é o agente flexibilizante M9594. Para PP, o flexibilizante apropriado atende por M9581/01. Ortiz ressalta ainda os préstimos de M9025, antioxidante concentrado veiculado em PP recomendado para filmes por resguardar os atributos mecânicos do reciclado quando aplicado em extremas condições térmicas por longos períodos. •
para os filmes bombarem