EUA: Ford consolida uso de espuma de poliuretano com grafeno
Componentes automotivos estão na linha de frente das aplicações de polímeros cogitadas no Brasil para incorporação de grafeno, nanocarga mineral de alto poder reformulador de características técnicas e que está em vias de ganhar escala comercial no Brasil, sob a escora de grandes reservas de sua matéria-prima, o grafite. Uma amostra dos avanços proporcionados pelo grafeno é a sua presença numa espuma de poliuretano especificada há três anos pela Ford para todos os autos que monta nos EUA, em linha com sua permanente busca de redução de ruído e peso dos veículos, conforme noticiado pelo portal Icis.
O desenvolvimento da espuma e seu uso envolveu, além da montadora, a fornecedora de grafeno XG Sciences e a sistemista Tier 1 Eagle Industries. O primeiro passo foi a incorporação do grafeno ao poliol poliéter que, somado a isocianato, gera o poliuretano. A etapa marcou pelo desafio de dispersar o nanomaterial num polímero viscoso sem ele colapsar durante a mistura, desempenho facilitado pelo uso de um grade de grafeno de custo palatável e quimicamente compatível com poliuretano nos teores requeridos para a formulação.
Segundo a matéria postada no site do Icis, o trabalho exigiu a criação de um método mantido em sigilo para combinar e dispersar grafeno no poliol, sendo que ele representa menos de 0,3% da espuma final, caracterizada por boas propriedades mecânicas e térmicas. A Ford introduziu em 2018 essa espuma em componentes como capas de motores, bombas e do sistema de dutos de combustível.
A questão agora, ressalta o artigo veiculado pelo Icis, é transpor o material turbinado por grafeno para usos nos carros elétricos, com base no chamariz de baixar o nível de ruído e peso dos veículo sem motor de combustão interna. Entre as peças em cogitação no radar da Ford figuram painéis de porta, camada inferior dos carpetes e o forro interno do teto.
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