Indústrias pagam no Brasil muito mais por energia que as do México e Estados Unidos. O descompasso é atestado pela depuração de dados por filtros setoriais como a Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace). O consenso na área atribui o choque do encarecimento da conta de luz a um fio desencapado: a pressão exercida sobre os preços por impostos, taxas, subsídios, encargos e que tais, com participação ao redor de 50% do valor cobrado na tarifa.
Mas tem sempre um dia em que a casa cai. Com o curto circuito no caixa do governo, mais de uma década de rombos nas contas públicas, lambanças e rasgos de irracionalidade e compadrio, a estrutura da geração de energia hoje respira pelos aparelhos na escuridão. Em reação, o governo federal já submete aos olhares de soslaio do Legislativo a proposta de reestruturação a fundo do setor elétrico. Entre as medidas salvadoras, constam a abertura do mercado livre, fim de subsídios e a privatização da maior empresa do ramo, a Eletrobras, cujo vermelho acumulado de 2012 a 2015, segundo noticiado, ultrapassa R$ 30 bilhões e ofega sob endividamento de nove vezes o lucro operacional.
“A ação do governo, na tentativa de reduzir as tarifas em 20%, desorganizou severamente o setor elétrico”
Carlos Faria, da Anace
O preço da energia industrial, em megawatt-hora e exclusive impostos, foi projetado por entidades do setor em R$ 297 e ruma para R$ 338 em 2021. Portanto, as indústrias no Brasil terão de ampliar a caça à eficiência energética para compensar o esfaqueamento da sua produtividade por mais reajustes na conta de luz. Culpa de mais um desastre da era Dilma: a medida provisória (MP) 579, promulgada em 2012 para permitir a renovação antecipada de concessões no setor por meio de redução forçada, artificial, de 20% nas tarifas. O efeito colateral veio na voltagem da conta estimada em R$107 bilhões e despejada, para variar, no lombo dos eletrocutados consumidores.
O sufoco continua
“A MP 579 repercute até hoje, pois ainda estamos pagando a conta”, acentua Carlos Faria, presidente da Anace. “A ação do governo, na tentativa de reduzir as tarifas em 20%, estabelecendo regras como as desenhadas para a antecipação de renovação de concessões, desorganizou severamente o setor elétrico”. Faria se detém em duas das distorções causadas pela MP. “As renovações esperadas não aconteceram e a mudança dos contratos de concessão de geração para contratos de prestação de serviços provocou a exposição involuntária das distribuidoras, pois foram obrigadas a adquirir energia no mercado de curto prazo num momento de baixa hidrologia e preços elevadíssimos”. Noves fora, ele amarra, o movimento resultou em dívida da ordem de R$ 65 bilhões. “O prejuízo obrigou as distribuidoras a contraírem empréstimos bancários cuja última ‘prestação’ será liquidada este ano e em 2019”, completa o porta-voz da Anace. Para engrossar o caldo, encaixa, há o passivo junto às transmissoras, já cobrado desde 2017 nas tarifas de todos os consumidores. “Vai se prolongar pelos próximos sete anos e seu valor final é de aproximadamente R$ 60 bilhões”.
Fernando Umbria, diretor de operações da Electra Energy, comercializadora atuante no mercado livre, atribui os saltos das tarifas nos últimos anos à MP aliada a tropeços jurídicos e reveses climáticos. “Pesaram falhas nos processos de contratação de energia, deixando distribuidoras sem acordos e elevando o preço de novos suprimentos, efeito da alta demanda combinada com as condições difíceis do sistema, e ampliando os gastos com geração térmica”. Ele fecha esse gatilho deflagrador dos reajustes nas tarifas com as condições hidrológicas menos favoráveis. “Em particular em 2014, a sequência de anos com chuvas próximas ou abaixo da média de longo prazo estressou o sistema elétrico”, nota o diretor.
Risco hidrológico
Para este ano, Carlos Faria, da Anace, prevê aumento médio da ordem de 13% nas tarifas de energia industrial. “A maior parcela será a das empresas contempladas com reajuste de 7% seguida pela das que arcarão com encargo de cerca de 4%, efeitos do aumento significativo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) estabelecido para 2018. O reajuste das demais categorias de indústrias totalizará 2%”, delimita o dirigente. Já no mercado livre, complementa, o impacto será da ordem de 10%, pois os contratos de energia são corrigidos pelo IGP-M ou IPCA.
Fernando Umbria é mais comedido na calibragem das projeções. “Pelas estimativas da Electra Energy, as tarifas devem subir 10% em média este ano, percentual válido para todas as distribuidoras e categorias de consumo, inclusive industrial”, ressalta. “O principal fator por trás desse reajuste é o risco hidrológico das hidrelétricas, pois os recursos na conta das bandeiras tarifárias têm sido insuficientes para compensar os custos das distribuidoras. Além do mais, a geração térmica deve se manter em patamares elevados de custo por questões de segurança”. Para aliviar o baque dos aumentos, deduz o analista, as indústrias tendem a recorrer ao mercado livre com espaço para a busca de condições de contratação mais competitivas. Mas ele coloca um porém limitador. “Por ora, a maioria dos consumidores que pode mudar é especial – entre 500 kw e 3.000 kW de fonte incentivada”.
“A Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição deve subir este ano mais de 20% para consumidores industriais conectados a um nível de tensão superior a 13,8 mil volts”
Helder de Sousa, da TR Soluções
Helder Sousa, gerente de novos negócios da TR Soluções, consultoria especializada no setor de energia, carrega nas tintas dos aumentos antevistos para a conta de luz. “Em média, as tarifas dos consumidores cativos (preços contratados com as distribuidoras das áreas onde eles estão) devem subir por volta de 15% em 2018, previsão pertinente para 40 distribuidoras, correspondentes a cerca de 97% do mercado”, ele associa, lembrando que o reajuste em 2017 ficou na média de 3,4%. As tarifas devem ser impactadas, em especial, pelo aumento da CDE, vinculada a subsídios de políticas públicas (p.ex., Programa Luz Para Todos e tarifa social para consumidores de baixa renda), e pelo risco hidrológico. “Em 2017, as hidrelétricas entregaram menos energia do que o previsto em contrato, gerando um passivo assumido pelas distribuidoras a ser pago este ano”. Como no mercado livre a energia é negociada diretamente entre usuários e geradores, explica o consultor, apenas uma parcela dos gastos das empresas que contratam o insumo pode ser prevista: a Tarifa de Uso dos Sistemas de Distribuição (Tsud), que também inclui encargos setoriais. “Ao longo deste ano, a Tsud deve subir mais de 20% para consumidores industriais conectados a um nível de tensão superior a 13,8 mil volts”, sustenta Sousa.
“A tendência é de que consumidores com demanda contratada de apenas 75 kW possam participar do mercado livre em 2028”
Fernando Umbria, da Electra Energy
Ajustes na rota
Não há expectativa de pulo nos preços da energia industrial em reflexo automático da pretendida privatização da Eletrobras e de outro ponto-chave da proposta da reforma do setor elétrico: o corte de subsídios, até 2030, nas tarifas dos serviços de transmissão e distribuição, envolvendo compradores de energia de pequenas centrais hidrelétricas ou de geradores de fontes renováveis. Estudos da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) indicavam que a reversão do sistema de cotas para o de mercado causaria reajuste tarifário, rememora Carlos Faria. “Entretanto, com base numa transição talvez de três anos para a venda dessa energia num ambiente de competição, não tende a ocorrer aumento expressivo; o efeito pode ser até de declínio, dados os preços ofertados nos últimos leilões de 2017”, argumenta o presidente da Anace. Quanto ao aventado corte do subsídio do desconto no uso dos sistemas de distribuição e transmissão, Faria julga que, caso ele saia das intenções, provocará redução da CDE. “Afinal, é através desse fundo, pago por todos os consumidores, que as distribuidoras são ressarcidas do desconto aplicado nas tarifas dos compradores de energia de fonte incentivada”.
A privatização da Eletrobras, acredita Fernando Umbria, pode ajudar a aumentar, com amparo de exigências regulatórias, a eficiência de distribuidoras sob seu comando, em particular aquelas dos sistemas isolados da região norte. “Como boa parte dos gastos delas é atrelada à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), esta um encargo integrante da composição da CDE, a melhora da performance na distribuição permitiria a redução desse tributo, contribuindo para diminuir os custos pagos por todos os consumidores, inclusive as indústrias clientes do mercado cativo ou livre”, expõe o diretor da Electra Energy. Quanto ao corte dos subsídios de operações incentivadas, Umbria acha que, caso ele vingue sem o anteparo de medidas compensatórias por ora indefinidas, deverá reduzir o poder de atração financeira desses projetos, “aumentando seus custos finais e impactando contratação deles por meio dos leilões promovidos pelo governo”.
Pelos rumos do debate em torno da privatização da Eletrobras, pressente Helder Souza, a chamada energia das cotas passará, após a venda da estatal, a ser negociada a preço de mercado “e não mais apenas ao custo de manutenção e operação das usinas, como ocorre desde a MP 579”, completa. Uma fração da diferença desses custos, ele julga, deverá bafejar os consumidores livres e cativos, mediante abatimento de parte da CDE. “Mas o mesmo processo deve aumentar o valor cobrado pela energia das cotas. “Isso afeta as tarifas das distribuidoras, pois as cotas integram o mix de seus contratos de compra de energia”, ele contrapõe. “Por extensão, os consumidores cativos poderão experimentar um reajuste de tarifas decorrente desse processo”. No arremate, Sousa acha que a privatização das distribuidoras hoje controladas pela Eletrobras pode levar à melhora da gestão delas, colaborando para baixar suas perdas e, por extensão, reduzir a CCC. No tocante à poda dos subsídios de serviços de transmissão e distribuição aos clientes de energias renováveis, o consultor levanta uma lebre. “Diante dos resultados mostrados pelas fontes nos leilões de contratação de energia, até que ponto vale manter esses descontos para os novos empreendimentos?” Fora isso, ele considera que o montante dos subsídios em foco é relativamente baixo perante outros em vigor no setor elétrico.
Plásticos Zandei
O terceiro custo
“Depois de matéria-prima e mão de obra, a energia elétrica é o maior componente dos nossos custos de produção. A distribuidora de energia que nos atende aplicou seu último reajuste, de 3,39% na conta, em 19 de junho passado. Mas, pelos aumentos de custos resultantes das bandeiras tarifárias praticadas mensalmente, muito provavelmente o reajuste esperado para 19 de junho próximo virá na faixa de 20%. A participação da energia foi de 5,4% sobre nosso faturamento líquido em 2017, devendo passar a 5.5% este ano se a fábrica operar com a mesma performance. De olho nas possibilidades de economizar energia, mudamos no final do ano o layout da planta e dividimos as redes elétricas por setor, em busca de uma noção mais precisa do gasto de cada área fabril. Para este ano, a meta é a compra de uma injetora híbrida e mais duas sopradoras elétricas”.
Abertura a indústrias menores
O acesso ao mercado livre por indústrias de consumo energético menor também consta da reforma idealizada. “Indústrias com demanda a partir de 500 kW podem transacionar fora do mercado cativo, na condição de consumidores livres especiais”, esclarece Fernando Umbria. “Nessas condições, elas podem usar energia de fontes incentivadas, como eólicas, usinas movidas a biomassa e pequenas centrais hidrelétricas”. Trata-se de energia mais cara que a das grandes hidrelétricas negociadas no mercado livre, confirma o diretor da Electra Energy. “Sua aquisição via mercado livre é, em geral, mais vantajosa que os contratos firmados no mercado cativo, por meio de distribuidoras”, ele confronta.
Retomando o fio da reforma setorial em vista, Umbria acha, pelo vai da valsa das discussões, ser grande a chance de novas regras reduzirem os limites de acesso das indústrias ao mercado livre. “A tendência é de que consumidores com demanda contratada de apenas 75 kW possam participar dele em 2028” , ele antevê. Na mesma trilha, Carlos Faria comenta haver uma proposta de aprimoramento do marco regulatório para o cronograma chegar em 10 anos com possibilidades de abrir o mercado livre a unidades consumidoras com demanda igual ou acima de 75 kW. Do mirante da TR Soluções, Helder Sousa acentua as expectativas ao lembrar que o Ministério de Minas e Energia ativou em 2017 a tramitação da Consulta Pública 33. “Prevê um escalonamento para diminuir as exigências a consumidores que demandam 75 kW se transferirem em 2028 para o mercado livre”.
Rhotoplás
Rumo ao mercado livre
A extrusão blown de filmes mobiliza em torno de 60% dos gastos de energia na Rhotoplás, sumidade na conversão de flexíveis em ação em Barueri, Grande São Paulo. “A seguir vem a impressão, com participação de 20% e o restante se divide em proporções praticamente iguais entre pré-impressão, galvanoplastia, gravação, laminação e acabamento”, delimita o diretor industrial Fernando Silva.
Energia elétrica figura entre os cinco principais custos de produção da Rhotoplás, atesta Silva. “Sofremos bastante com os reajustes nos últimos anos e muitas ações foram tomadas para minimizar os acréscimos abusivos”. Entre elas, o diretor ressalta a migração da empresa para o mercado livre, “com contrato que já estipula o valor da energia contratada”, completa. Outras medidas encetadas incluem a adesão a lâmpadas LED, troca de aparelhos de ar condicionado, campanhas internas de conscientização, instalação de telhas translúcidas para melhorar a iluminação natural e a compra de máquinas atualizadas. “Há uma década, demorávamos em regra ao redor de cinco anos para trocar peças e equipamentos por versões mais modernas e energeticamente eficientes”, assinala o técnico. “Hoje em dia, considero defasado um equipamento a partir de três anos de vida útil, pois sequer se consegue peças de reposição e o jeito é apelar para o retrofit com itens de tecnologias diversas da original e de menor economia de energia”.
Incompetência onerosa
A perspectiva é de o projeto de lei da reforma setorial desenhado pelo governo ser submetido ao Congresso em meio a resistências políticas, mais chamejantes neste ano eleitoral. “Do ponto de vista da comercialização de energia”, pondera Fernando Umbria, a expectativa é de que o novo marco legal contemple um cronograma mais acelerado de abertura do mercado, de modo que uma parcela maior de consumidores possa ser livre, com acesso ao insumo em condições mais competitivas”.
A luneta da Anace capta a esperança de uma reviravolta coma a reforma do setor elétrico. O presidente Carlos Faria abre seu rol de mudanças ansiadas com a redução das intervenções no marco regulatório, cuja aprovação ele afirma que precisa acontecer este ano, “para dar segurança jurídica e regimental a investidores e consumidores”. O dirigente também torce pela melhoria na qualidade do fornecimento de energia e pela diminuição do nível de subsídios cruzados e encargos setoriais. “Distorcem as tarifas e distribuição de custos entre as classes de consumidores”, justifica. Por fim, Faria espera uma injeção de governança. “A reforma precisa reduzir os elevados passivos financeiros decorrentes de decisões inadequadas, falta de transparência e uso indevido de recursos, condutas cujo resultado foram novos encargos para os consumidores”, conclui o presidente da Anace.
Chega de gambiarra
Não dá para ir atrás de eficiência energética com tecnologia obsoleta
Energia elétrica à solta em máquina defasada não é só uma pílula venenosa para os custos do transformador de plástico, mas um risco de vida que ele vai correr na revolução industrial cada vez mais próxima. Essa pedra é cantada pelo estudo saído do forno da Confederação Nacional da Indústria (CNI), intitulado “Oportunidades na Indústria 4.0: aspectos da oferta e demanda no Brasil”.
A transformação brasileira de plástico sai mal na foto da pesquisa. Devido à sua baixa produtividade e coeficiente de exportação, ela aparece enfiada entre os 14 setores no país mais sujeitos a se apequenarem no cara a cara com a tecnologia digital. O documento da CNI cruzou dados de produtividade, exportação e taxa de inovação de diversos setores industriais brasileiros e os comparou ao desempenho dos mesmos segmentos nas 30 maiores economias do mundo. No curto prazo, se tudo ficar por isso mesmo, a transformação nacional de plástico pode continuar a produzir, devido à tradição e expertise de suas empresas, considera o estudo. Mas não escapa de ser empurrada para os mercados mais mofados, saturados e depreciados do setor, profetiza o levantamento.
Em comparação com os principais países competidores, comprova a CNI, a produtividade da indústria brasileira caiu por mais de 10 anos seguidos até 2014. E os anos seguintes de crise nada mostram de diferente. Para os tempos que se avizinham, aponta o raio X da entidade, a nova concepção de produtividade não se firma nas pernas sem o aumento na eficiência do uso de recursos como a energia elétrica. Noves fora, a sangria da ociosidade na manufatura de plástico no Brasil, penitência recorrente nos últimos anos, não presta mais como desculpa para o transformador adiar investimentos na modernização, como as soluções para economizar energia, ainda mais num país onde se cobra uma das mais caras tarifas do mundo. Mesmo sem dispor de pesquisas oficiais com números probatórios, os fornecedores de equipamentos para o setor plástico sabem de trás pra diante das teias de aranha em grande parte das fábricas de produtos acabados. E como mostram os entrevistados a seguir, não faltam achados e inteligência nas novas máquinas para o transformador poupar energia e zelar pela competividade que, aliás, vai precisar como nunca se quiser continuar no jogo.
INJEÇÃO
“A depender do ciclo e do desgaste do sistema de acionamento da máquina, pode chegar a 80% a diferença de consumo de energia entre uma injetora elétrica ou ativada por servomotor e a linha de acionamento convencional”, projeta Marcos Cardenal, engenheiro de vendas da base comercial no país da austríaca Witmann Battenfeld, brasão global em injetoras. No tocante à produtividade, ele segue, a supremacia da injetora elétrica ou com servomotor é assegurada pela rapidez na resposta e pelo trabalho em sistema closed loop (malha fechada). “Ou seja, ele está sempre aferindo se a injetora faz o que foi solicitado”, esclarece. “Se houver um pequeno desvio, a correção será imediata e, se não realizada, soa o alarme e a máquina pára”. Desse modo, amarra Cardenal, uma injetora atualizada, bem programada e munida desse tipo de acionamento dificulta a geração de refugo. “Isso significa produtividade”, ele traduz. A propósito, Cardenal chama atenção para as entrelinhas marotas da expressão injetora atualizada. “Hoje em dia, um modelo moderno possui, ao menos, bomba hidráulica ligada por servomotor e avanços como o sistema de recuperação de energia cinética (Kinetic Energy Recovery System-Kers)”, ilustra o engenheiro. “Mas muitas injetoras novas, asiáticas em especial, ainda são fornecidas com o superado sistema da bomba hidráulica ativada por motor trifásico”.
No âmbito da economia energética, Cardenal estabelece como divisor de águas entre a injeção em dia e a ultrapassada o acionamento com servomotor da última geração, com extrema velocidade de resposta e requintes no sistema Kers, caso da máquina Ecopower Express da Wittmann Battenfeld, vocacionada para ciclo rápido e parede fina. “Durante movimentos de frenagem, como proteção do molde, ele faz com que o servomotor trabalhe como um gerador, acumulando energia e fornecendo-a na próxima função da injetora”, ele sintetiza. Outra mão na roda que ele cita para poupar energia e esbanjar produtividade não só da injetora, mas de robô e periféricos é o sistema Wittmann 4.0. “Monitora o funcionamento dos equipamentos e identifica as funções passíveis de aprimoramento”, sumariza Cardenal.
Componentes combinados
Máquinas desprovidas de tecnologias que aperfeiçoam todas as fases do processo de injeção desperdiçam energia devido ao seu baixo rendimento, atesta Leandro Goulart, gerente comercial do escritório no Brasil da alemã Arburg, marca do estado da arte em injetoras. “Uma injetora obsoleta influi no dispêndio de energia através de fatores como tempos maiores de ciclo, alto índice de refugo, limitação do rendimento do molde ou o próprio consumo de eletricidade com componentes de baixo rendimento energético”, exemplifica o técnico.
Goulart salienta que, pela análise do artefato almejado pelo cliente, a tecnologia da Arburg permite aliar vários tipos de acionamento na injetora. “Os objetivos são apurar cada movimento e extrair máximo rendimento de cada fase da injeção”, coloca o gerente. “As combinações de componentes hidráulicos, mecânicos, elétricos e eletrônicos levam à redução do consumo energético em fases ociosas do processo, como no resfriamento”. O gerente prova esse engenho com o sistema Arburg de economia energética. “Pode variar a rotação do motor que aciona a bomba hidráulica através do conversor de frequência, adequando a potência de acordo com a demanda do ciclo”, expõe. Outro arraso na mesma trilha, encaixa Goulart, é o sistema de recuperação de energia. “Nas linhas com acionamento elétrico, os excessos de energia são acumulados para reutilização a seguir”.
Periféricos: as soluções em corrente contínua da Piovan
“Da sua pole position em periféricos, a italiana Piovan desfruta de um mirante privilegiado para avaliar a produtividade dos transformadores. O conhecimento de causa da subsidiária da Piovan é fortalecido pela prestação de um serviço sem similar no ramo: as auditorias energéticas. Nesta entrevista, Ricardo Prado Santos, vice-presidente da Piovan do Brasil, expõe constatações desses levantamentos nas fábricas de clientes e os achados recémchegados ao seu portfólio para não deixar o custo de energia desandar.
PR – Quais as causas mais frequentes de encarecimento e/ou desperdício de energia aferidas nos últimos três anos pelas auditorias da Piovan em plantas de transformadores e componedores ?
Prado – As auditorias permitem saber com exatidão onde está um determinado consumo energético para podermos comparar com outras soluções e determinar qual a economia possível e em quanto tempo o investimento se pagará. No caso, as razões mais corriqueiras de encarecimento ou desperdício são processos que foram sendo expandidos sem um estudo por inteiro deles, acrescentando bombas e outros equipamentos que muitas vezes não são a opção mais econômica. Também é muito comum a existência de equipamentos de gerações anteriores que dispõem de um consumo de energia específico por unidade produzida muito maior que equipamentos modernos e atualizados. Além da auditoria, hoje é possível, através do software Piovan WinFactory 4.0, controlar o consumo energético de cada equipamento ou processo através do software Piovan WinFactory 4.0.
PR – Poderia citar cases significativos de economia de eletricidade fabril proporcionada por trabalhos de auditorias da Piovan Brasil?
Prado – Em regra, os ganhos maiores obtidos estão nos processos onde existem os maiores consumos. Por exemplo, sistemas de refrigeração que, no geral, oferecem muitas oportunidades de redução de consumo energético. Nos casos reais de aplicação de periféricos como PET Chiller na fabricação de pré-formas a economia média é da ordem de 533.000 kW por ano para cada 1.000 kg transformados/ano. Outras oportunidades habituais de economia de energia estão nos sistemas de desumidificação de matéria prima, nos quais a aplicação de desumidificadores de ultima geração reduz em até 50% o consumo. Vale o mesmo para termorreguladores, cujos sistemas atuais normalmente entregam um consumo 30% menor.
PR – Quais as soluções bolas da vez entre os periféricos da Piovan para tolher gastos de energia dos clientes?
Prado – Para este ano, lançaremos de início no exterior uma série de termorreguladores compactos e de consumo muito baixo de energia elétrica. Também revisamos a linha Genesys com a introdução do A-IPC, um acessório patenteado que mede a pressão de injeção da máquina e envia os dados ao desumidificador Genesys para que ele se ajuste automaticamente em fluxo de ar e ponto de orvalho. Desse modo, o recurso possibilita manter uma umidade residual da matéria-prima adequada a uma determinada pressão de injeção solicitada. As vantagens proporcionadas envolvem uma melhoria importante na estabilidade de processo, redução de peças defeituosas e do consumo de eletricidade.
Barreira do capital
Do polo de Manaus ao de Caxias do Sul, as injetoras da chinesa Haitian são ativo fixo de transformadoras. Roberto Melo, gerente da base comercial da empresa no Brasil, estima que uma injetora hoje fique obsoleta em cerca de 10 anos de vida útil. “Mas a maioria das indústrias no mercado não tem capital para investir em melhorias tecnológicas”, constata o executivo. “Temos visto máquinas de até 20 anos em funcionamento ineficiente, implicando menor produtividade e perda de mercado para quem investe na modernização”.
Melo acha que o setor de injeção se pulverizou muito. No passado, comenta, ele concentrava-se em empresas médias e grandes e já há algum tempo entraram muitas indústrias pequenas. “As médias e grandes aplicam recursos em tecnologias de máquinas e agregados, como robôs e sistemas automatizados, enquanto as menores, por causa do investimento inicial baixo, tendem a adquirir equipamentos como linhas um pouco defasadas dos competidores maiores”, descreve o gerente.
Segmentos como embalagens, tampas e utilidades domésticas, nota Melo, estão no mesmo patamar de injetoras utilizadas. “Em geral, constam de linhas focadas em produtividade e munidas de sistemas de acumuladores ou motores de alta potência, resultando em alto consumo de energia e ganho reduzido por peça gerada”. Para sair desse quadrado, a Haitian assedia esses transformadores com as séries Marte High Performance, com linhas de tecnologia servo-hidráulica; Zeres, com acionamento servo elétrico e sistema hidráulico integrado e as injetoras elétricas Vênus. “Medições efetuadas por clientes constataram que essas linhas chegam a economizar mais de 60% de energia em ciclos iguais da ordem de 4 segundos na comparação com as máquinas que eles tradicionalmente utilizavam. Como referência, Melo assevera que, em aferição na linha de produção de clientes, uma injetora Haitian de 380 toneladas acusou índice médio de 0,25 kW/kg/h.
Controle centralizado
“A energia elétrica está entre os três principais custos na produção de pré-formas ”, vaticina Paulo Carmo, gerente do negócio de sistemas de injeção para embalagens da base no país da canadense Husky. “ O maior gasto é a compra da resina (PET)”.
A economia de energia, pondera o executivo, deve ser computada em relação à quantidade de material plástico processado. Nessa perspectiva, ele encaixa, a Husky comparece com equipamentos cuja eficiência energética tem raízes em facetas como a seleção das tecnologias de movimentos e aquecimento/processamento da resina injetada. “Utilizamos um sistema de controle centralizado e integrado que inclui todos os componentes do sistema produtivo, desde a alimentação do polímero à deposição das pré-formas nas caixas de transporte”.
EXTRUSÃO
Mediante a substituição de componentes sujeitos ao desgaste natural, como rosca e canhão, uma extrusora pode rodar, do ponto de vista mecânico, por mais de 20 anos, sustenta Márcio Luiz Viviani, agente da Reifenhäuser, titular alemã da nata da tecnologia cast e blown. O bicho pega é pelos lados da eletrônica. “Os avanços transcorrem com tanta rapidez que, em cinco anos de vida útil, as extrusoras ficam defasadas e carecem de upgrade”, assevera o representante.
A economia em maré baixa desde a segunda metade de 2014, considera Viviani, esfriou as intenções de renovação do parque de extrusoras de filmes. “Mas já há uma tendência de mudança”, ele percebe. “Mesmo nesses últimos anos difíceis, algumas empresas visionárias e com mercados consolidados, a exemplo de stretch e shrink, arriscaram investimentos e deverão se dar muito bem”. Exceções à parte, Viviani estima que 90% das linhas de flexíveis em funcionamento no país estão superadas. “Produzem com qualidade apenas aceitável para um mercado cada vez mais exigente, com altos custos de energia e níveis de aparas que consomem boa parte do lucro do transformador”. Viviani elege os segmentos de laminados e sacolas como os mais atrasados na extrusão. “É porque aqui ainda se dá um jeito qualquer para continuar a produzir mesmo com equipamentos ultrapassados, obviamente a custos maiores que os proporcionados por extrusoras atualizadas”.
Entre as soluções recentes para economia energética concebidas pela Reifenhäuser, Viviani se atem ao conceito Blue Energy. “A meta é imprimir a excelência no uso da energia pelas extrusoras”, expõe Viviani. “Na prática, esse foco recai sobre a escolha de motores, isolamento inteligente de extrusores e matriz, desenho e materiais de roscas, sistemas de controle largura e perfil, velocidade de troca de receitas e até a melhor maneira de aproveitar o ar externo da planta para reduzir o gasto com eletricidade”. A título de referência, Viviani revela que extrusoras blown Reifenhäuser trabalham com indicadores que vão de 0,28 a 0,35 kW/kg/h de filme pronto embobinado. “Este valor pode ser checado no ato e em tempo real, na tela de controle central do equipamento”, assegura o agente.
IPOS
Defasagem desperdiça energia
De janeiro de 2017 a janeiro de 2018, a energia elétrica incidiu, em média, em 4% do faturamento e em torno de 20% dos gastos gerais de fabricação da Ipos, hélice nacional em peças técnicas. “Junto com a mão de obra qualificada, os custos de energia têm sido crescentes nos últimos três anos”, constata Thiago Petersen, diretor dessa transformadora há 39 anos na ativa em Caxias do Sul. Ele reparte a empresa em dois centros de custos: injeção de polímeros e transferência de termofixo. Este último, destaca o diretor, lidera o consumo de eletricidade na planta, “devido à tecnologia das máquinas e ao aquecimento das matrizes”, atribui.
Em relação a injetoras, Petersen nota que, até os idos de 2012, a tecnologia evoluía com vagar e a performance energética progredia a intervalos de 10 a 15 anos. “Mas de 2012 em diante, essas melhorias passaram a ser implantadas ao longo de cinco a seis anos”, nota. Hoje em dia, o inversor de frequência integrante das modernas injetoras, distingue Petersen, auxiliam a Ipos a poupar até 15% de eletricidade no trabalho em ciclos longos. “A dosagem de matéria-prima é a etapa do processo de injeção que mais demanda energia elétrica”.
Atraso preocupante
Paulo Leal, gerente de vendas da Rulli Standard, nº1 do Brasil em extrusoras blown e de chapas, não faz por menos. “ Com o efetivo de máquinas blown à frente, cerca de 70% das extrusoras de filmes em uso no país estão ultrapassadas em seu conceito energético, atraso agravado por desgastes mecânicos de impacto significativo nas despesas de produção. E o valor do kW/h é dos que mais incidem no custo geral de fabricação”.
A Rulli Standard combate esse perdularismo nos gastos com energia, expõe Leal, equipando suas extrusoras com motores de ponta e perfis de rosca e cabeçote redimensionados. Afinal, diz, a melhora do desempenho da máquina também passa pela racionalidade no consumo de eletricidade. O gerente comercial transpõe este preceito em números. “Por exemplo, uma extrusora blown como nosso modelo EF 100, com consumo de 165 kW e produção de até 500 kg/h, despende 0,30 kW/kg/h”, ele projeta. “Já a nossa máquina EC para chapas de 100mm e que produz em torno de 600 kg/h com consumo aproximado de 175 kW opera na faixa de 0,29 kW/kh/h”.
Legado do protecionismo
Miguel Lopez, gerente regional de vendas da alemã battenfeld-cincinnati, última palavra em extrusoras de tubos, perfis e chapas, também não é nada condescendente em sua visão da competitividade do setor no Brasil. “Mais de 50% do parque brasileiro de extrusoras para os segmentos em que atuamos estão defasadas”, ele fulmina, atribuindo parte do atraso ao protecionismo do governo. A tecnologia ultrapassada ricocheteia na conrta de luz, ele sublinha. “Os motores atuais superam os precedentes em eficiência energética, os sistemas de aquecimento do cilindro e rosca também se modernizaram e novas geometrias e medidas L/D da rosca aumentam o trabalho mecânico na plastificação e reduzem o consumo de energia das resistências do cilindro”.
O mostruário da battenfeld-cincinnati fala por si. Em tubos e perfis, a série de extrusoras ConEX NG roda com o núcleo da rosca integrado a todos os sistemas de resfriamento dela e o design das caixa de engrenagem permite alojar o motor em diversas posições. Também são oferecidas várias opções de sistemas de dosagem e resfriamento do cilindro. No rastro dessa conjunção de vantagens, a plastificação suave é garantida e as extrusoras podem operar compressões de processo de até 520 bar (7.500 psi), necessárias para a produção de perfis pequenos em tamanho ou espessura. Por causa do isolamento térmico do cilindro, reduzindo ao mínimo as perdas de radiação, e ao uso de relutância ou motores síncronos, Miguel Lopez assevera que a série conEx NG proporciona economia de energia de até 20% perante as marcas rivais.
Ainda na raia dos tubos, a série de extrusoras monorrosca solEX NG utiliza até 15% a menos de energia que a concorrência, atestam análises da fabricante, pois opera com potência menor de acionamento. Devido ao cilindro ranhurado e ao perfil de pressão menor, a economia de energia pode ser obtida pelo resfriamento reduzido do cilindro. Lopez completa os predicados da tecnologia da battenfeld-cincinnati com a série STARextruder de máquinas para chapas de PET grau alimentício (food grade). “Essas extrusoras consomem de 200- 250 kW/kg/h e o processo completo de manufatura da chapa não passa de 420-450 kW/kg/h”, delimita o executivo.
SOPRO
Com décadas de milhagem nas costas, Newton Zanetti, diretor comercial da Pavan Zanetti, líder no Brasil em sopradoras, não tenta esconder o sol com peneira. “Não disponho de estudos que me aclarem a porcentagem da defasagem, mas é grande o parque de máquinas de sopro ultrapassadas no país”, ele atesta. “A crise que estamos passando pesa para elevar esse índice e uma sopradora obsoleta, operando em baixa velocidade, com falhas em demasia, perdas no processo, manutenção cara e sem aproveitar grande parte da energia utilizada decerto aumenta o custo unitário de produção”. Zanetti ressalta que o fato de um equipamento agregar tecnologia antiga não significa que seja menos produtivo. “Contar com máquina mais moderna, mas desprovida de elementos capazes de ampliar a produção e baixar custos, não desqualifica a linha mais velha. A depender do artefato soprado, máquinas com 10 anos de funcionamento podem continuar a operar proporcionando benefícios ao usuário”, pondera o dirigente. Mas como a tecnologia anda pra frente, é forte a probabilidade de a sopradora nova ser mais produtiva”.
Para Zanetti, os redutos de sopro mais sensíveis aos eflúvios das máquinas superadas são aqueles em que o frasco tenha um valor expressivo no produto final e, por força da concorrência, apresentem lucratividade reduzida, de modo que os ganhos do transformador estão nas mãos do volume e eficiência na fabricação da embalagem “É o caso do setor de produtos de limpeza, marcado pela busca de produtividade e redução de peso do recipiente e onde briga-se por décimos de centavos em cada milhar de frascos gerados”, ele expõe.
A Pavan Zanetti não passa batido por essas expectativas, inclusive pela via da economia de energia no processo. “Com novos perfis de rosca de extrusão e a adesão aos conversores de frequência, aumentamos a produção de kg/h de resina com a mesma potência antes utilizada”, assinala Newton Zanetti. No passado, encaixa, o emprego de variadores de velocidade causava perdas na média de 20% da energia absorvida na extrusão, índice que os inversores de frequência encolheram à faixa de 5%. “Com o crescimento da produção de kg/h viabilizou-se o aumento do número de cavidades dos moldes, baixando assim o custo de energia por frasco soprado, economia acentuada a seguir pelo uso de motores de corrente alternada”. No plano recente, amarra as pontas o diretor, a Pavan Zanetti lançou sopradas munidas de mais componentes elétricos comandados por conversores de frequência no movimento dos carros porta-moldes. “Reduzimos assim o emprego de óleo hidráulico no equipamento, possibilitando diminuir a potência na movimentação das máquinas”, sumariza o especialista. Nessa batida, a empresa batizou este engenho de tecnologia híbrida, hoje visível na série de sopradoras Bimatic em três versões: BMT 5.6D/HY; BMT 20D/HY e BMT20S/HY. “Permitem reduções por volta de 7% da energia aplicada”, estima Zanetti. Em paralelo, revela, a empresa já imerge no projeto de montar sopradoras elétricas, passíveis de baixar entre 30-40% da energia empregada, e cujo futuro preço Newton espera que a evolução dos servomotores ajude a suavizar.
ROTOMOLDAGEM
Kadidia Umar, gerente comercial da Rotoline, nº1 nacional em máquinas para rotomoldagem, nunca foi de botar panos quentes. “Ainda temos muitas máquinas antigas, até de montagem doméstica e artesanal, no mercado nacional”, afirma. “Arrisco a dizer que metade do parque de linhas de rotomoldagem em atividade cabe a equipamentos de baixa eficiência no consumo de gás, controle de processo e segurança, defasagem justificada pela antiguidade das máquinas e pelo uso de componentes como queimadores de desempenho a desejar e sistemas precários de recirculação de ar, causas do aumento dos ciclos de forno e, por tabela, do consumo de gás por quilo de material processado”.
Ela enxerga o mercado interno de rotomoldagem restrito a três setores: transporte, agronegócio e materiais de construção. Na esfera deste último, Kadidia distingue o segmento de reservatórios de água como o maior adepto da automação e recursos de controle de produção em suas máquinas de rotomoldagem. No tocante à energia, aliás, Kadidia reitera que o dispêndio de gás é o segundo custo no processo, perde apenas para a resina. “As linhas Rotoline se diferenciam pela excelência do queimador e circulador de ar dentro do forno, transformando o volume maior de matéria-prima com menos quantidade de gás”. A título de referência concreta da performance, a executiva assinala que sua máquina CR 5.20, a maior da série Carrossel, possui capacidade de transformar em torno de 400t/mês com consumo médio de 70 kW. •