ExxonMobil processa procurador da Califórnia e ONGs ambientalistas

Ação baseada na difamação da tecnologia de reciclagem química da empresa
ExxonMobil
ExxonMobil: contestação na Justiça das acusações de comunicação enganosa sobre tecnologia de reciclagem avançada.

A Exxon Mobil decidiu dar o troco ao procurador geral da Califórnia, Rob Bronta que, com apoio de ONGs ambientalistas, suportadas pelo bilionário australiano Andrew Forrest e sua Mineroo Foundation, entraram com processos em 2024 acusando a empresa, viga-mestra do petróleo e petroquímica mundial, de praticante há décadas de comunicação ambiental enganosa sobre reciclagem de plásticos, relata matéria postada em 7/1 no site Plastics News. A corporação norte-americana revidou impetrando ação em 6/1, em tribunal federal em Beaumont, Texas, contra seus acusadores por difamação de suas tecnologias de reciclagem química, movida por interesses políticos e financeiros. Em sua defesa, Exxon enxerga no desempenho de Bronta o exercício de abuso da confiança por um agente do poder público estadual e destaca a influência danosa de ganancioso capital estrangeiro na engrenagem do sistema legal dos EUA. Trata-se de alusão aos aventados movimentos suspeitos de Andrew Forrest nos meandros da Justiça dos EUA. Forrest também é citado no processo movido pela Exxon como estridente crítico dos plásticos. Ele mostra-se propenso a diversificar mais seu esplendoroso negócio-chave, minério de ferro, pelo eventual ingresso em mercados de baixa pegada de carbono também apalpados pela Exxon.

As recorrentes declarações do procurador geral e ONGs, considerando falsos e irreais os pronunciamentos da Exxon sobre a excelência de sua reciclagem química têm prejudicado a comercialização desse desenvolvimento da empresa. Conforme assinala a matéria de Plastics News, influenciados por essas críticas potenciais clientes têm relutado em trabalhar com a Exxon em parceria ou na incorporação do licenciamento de sua tecnologia de reciclagem avançada. A propósito, a companhia anunciou em novembro de 2024 estar ampliando suas operações de reciclagem química de poliolefinas pós-consumo no Texas, em Beaumont e Baytown. Orçado em US$ 200 milhões, o investimento visa expandir até 2027 para cerca de 450.000 t/a a capacidade total de reciclagem desses dois complexos da corporação.

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