Na contramão do Brasil, onde o mercado de capitais é alérgico a assumir o leme de indústrias, fundos privados no I Mundo vislumbram retorno atraente na aquisição de ativos fabris. A cadeia do plástico tem dois exemplos recém-saídos do pipeline ilustrativos dessa onda. Ao final de julho. O fundo italiano Investindustrial trombeteou a compra do Grupo Piovan, blue chip global em periféricos, e em 2/8 pintou nos EUA o anúncio do conglomerado financeiro Hoffmann Family of Companies referente à incorporação, por montante não aberto à mídia, da transformadora de injeção de peças técnicas Viking Plastics, com três fábricas no país e atuante via joint venture no Brasil, tal como opera na China.
Levantamento do site Plastics News estima a receita da Viking Plastics, sediada no estado da Pensilvânia, em US$ 42 milhões com a produção de injetados e em US$ 2.1 milhões em serviços para terceiros (tooling) no último exercício. Fundada em 1972, a transformadora pegou tração enfim em 2006, quando foi embolsada pelo atual CEO Kelly Goodsel e por ele revendida 10 anos depois ao fundo Spell Capital Partners. Em 2013, a Viking Plastics adquiriu 50% do controle da brasileira Injequaly que, em consequência da transfusão de sangue com glóbulos em dólar, passou desde então a crescer à média anual de dois dígitos. Hoje, ela roda um parque acima de 60 injetoras de peças técnicas nas unidades em Itaquaquecetuba (SP), Rio Claro (SP) e Joinville (SC), em linha de passe com plantas locais de clientes platinum da Viking Plastics, como a Whirlpool, nº1 na linha branca.