Follow the money (siga o dinheiro) é consagrado bordão em inglês para indicar como elucidar medidas controversas, em regra políticas e/ou econômicas e com fundamentos alojados no chamado buraco mais embaixo. Um exemplo tirado do forno por matéria do jornal Washington Post: em jantar realizado em abril, em sua mansão em Mar-a-lago, Flórida, Donald Trump fez uma proposta “franca e transacional”, adjetivou o jornal, a mais de 20 CEOs de petrolíferas convidados. Em troca de doação de US$ 1 bilhão do setor para sua campanha de reeleição à presidência dos EUA, Trump prometeu que, logo em seu primeiro dia no Salão Oval da Casa Branca, rasgaria de imediato as regulamentações ambientais baixadas por Joe Biden e eventuais projetos de lei nesse espírito dependentes de jamegão presidencial. No embalo, prometeu à plateia, onde constavam manda-chuvas de pilares do óleo & gás como Exxon, Chevron e Occidental Petroleum, reverter novas regras para cortar a poluição automotiva, ampliar a mineração de combustíveis de fontes fósseis no Golfo do México e remover os obstáculos ambientalistas a esta mesma atividade no extremo norte do Alaska, além de acabar com a pausa em curso, instaurada por Biden, nas exportações do barato gás natural liquefeito dos EUA, remetido a destinos carentes desse insumo, como a Europa, para usos repudiados pela torcida pela energia limpa como a produção de eteno para poliolefinas. Se Trump se reeleger, portanto, a economia circular derrapará, de modo literal, no óleo na pista.
Brasil: queda recorde na reciclagem em 2023
Superoferta de resina virgem reduziu produção e margens do PCR