As indústrias dedicadas, no estado da Pensilvânia (EUA), à mineração de petróleo e gás pelo fracionamento hidráulico (fracking) do xisto estão às voltas com auditoria inédita e linha dura. Por determinação da agência norte-americana de proteção ambiental (EPA), as empresas são submetidas, em linha com novas regulamentações de cunho estadual e federal, a rastreios avaliadores das emissões de metano e outros gases poluentes nas áreas de prospecção do xisto e de estocagem de despejos líquidos provenientes da extração de energia fóssil, noticia o site Inside Climate News.
O monitoramento da EPA substitui a usual remessa digital de dados por recursos para medição ao vivo dos vazamentos de gases nos poços e da liberação de compostos orgânicos e voláteis nos tanques de resíduos de água contaminada na mineração, caso de insumos como benzeno, tolueno, etilbenzeno e xileno. Em paralelo, a EPA fixa penalidades para as mineradoras que ultrapassarem os limares relativos à emissão de poluentes, informa a matéria postada em Inside Climate News. Para endurecer o escrutínio da agência, o governo da Pensilvânia lançou um programa piloto com a empresa CNX Resources Corp., uma das principais mineradoras de fracking da reserva Marcelus Shale (maior campo norte-americano de gás natural encapsulado no xisto) para melhor calcular e entender as emissões na separação de óleo e gás imersos nas jazidas locais. A propósito, nova norma da EPA exige redução de 95% das emissões de metano dos tanques de estocagem que tenham potencial para liberar mais de 6 t/a de compostos orgânicos voláteis ou mais de 20 t/a de metano. A agência ambiental também requer das companhias de fracking a captura e transformação dos materiais emitidos, seja reconduzindo-os aos sistemas de flare (queima industrial de gases) ou utilizando unidades de recuperação de vapor para capturar o metano para encaminhá-lo a outro processamento.