EUA: os riscos de uma guerra comercial para o excedente de PE
O excedente norte-americano de polietilenos periga levar as sobras de uma guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump, ao cismar de impor tarifas de, respectivamente, 25 % e 10% para as importações norte-americanas de aço e alumínio. Esta barreira protecionista deve eriçar, por tabela, os nervos das petroquímicas de PE diante da perspectiva de um entrevero entre EUA e o maior mercado delas, a China, grande exportadora de aço para o mercado norte-americano, percebe John Harrison, blogueiro do site britânico Icis. Em 2017, ele expõe em artigo recente, os EUA exportaram cerca de 602.000 toneladas de (PE para a China, volume equivalente a 5% das importações totais chinesas, situadas ao redor de12 milhões de toneladas do polímero. “Suponhamos que os EUA mais uma vez ganham uma participação de mercado de 5% na China em 2018. Com base em nossas previsões, isso equivaleria a 586.000 toneladas ou perto de 20% do total das exportações de PE dos EUA.” Se instaurada a temida guerra comercial, ele antevê, a China procurará obter PE de outras origens e os EUA então enfrentarão a escolha de reduzir a produção ou aumentar as vendas em mercados menores para suas exportações, como Europa, Sudeste Asiático e América Latina. “Parece provável que seja escolhida a última opção por causa dos baixos custos de matéria-prima dos EUA. Isso colocaria muita pressão descendente sobre preços e margens das resinas de PE nessas outras regiões”, pressupõe Harrison. De outro ponto de vista,ele insere, os EUA precisam aumentar sua participação no mercado chinês de PE, “pois nenhum outro país ou região pode absorver confortavelmente as crescentes exportações da resina norte-americana”, completa o blogueiro. De 2018 a 2025, ele exemplifica. as exportações totais de PE linear de baixa densidade(PEBD) dos EUA aumentarão de cerca de 1 milhão de toneladas para 4 milhões de toneladas, conforme projeções do Icis. “Um problema para os EUA”, acentua Harrison, “é que, em termos percentuais, o país realmente perdeu terreno em PE na China nos últimos 10 anos: em 2007, representou 11% das importações totais do polímero, participação reduzida a apenas 5% em 2017”.
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