É uma inesperada bola nas costas tomada pelo time do greenwashing. Megafone do setor nos EUA, a entidade Plastics Industry Association (PIA) liberou para o público, em 19 de abril, os resultados da pesquisa de opinião realizada em fevereiro a seu pedido pela consultoria RG Strategies. Entre as declarações colhidas, a joia da coroa foi esta: apesar da “plasticofobia” difundida à larga por brand owners tipo McDonald’s ou celebridades como o financista Michael Bloomberg, 62% dos 1.200 respondentes consideraram plásticos de uso único importantes para a qualidade de vida. Matt Seaholm, CEO da PIA, aproveitou a deixa para delinear sua linha de ação no release sobre o estudo. “Nossa meta é construir uma economia mais circular, qualificando consumidores para acharem e comprarem com facilidade embalagens e produtos finais plásticos desenvolvidos para serem reciclados ou para alojarem resina recuperada em sua composição”.
Outros achados garimpados pela pesquisa:
- 90% dos respondentes declararam se importar mais com o descarte correto de plástico reciclado do que com o processo de sua reciclagem.
- 89% dos respondentes consideram o rótulo/classificação “conteúdo reciclado” apropriado para plástico reciclado pós-consumo reciclado pela rota mecânica ou química.
- 91% acham o rótulo/classificação “reciclável” adequado a produtos que possam ser submetidos à reciclagem.
- 82% concordam ser importante rotular/classificar um item como reciclável se tiver esta condição, mesmo que o acesso de recicladores a ele varie nos EUA.
- 87% dos entrevistados julgam que o governo e cadeia plástica devem dar mais suporte a todos os tipos de reciclagem.
- 64% ponderam que diferentes exigências de rotulagem/classificação conforme o tipo de reciclagem podem confundir as pessoas e levá-las a se importar menos com a recuperação dos resíduos plásticos.