Embalada pelo tom acalorado do evento da entidade Clinton Global Initiatives, realizado em Nova York em 18 de setembro, a governadora de Massachussets Maura Healey lascou ao microfone uma lambada no plástico inédita no gênero em qualquer dos 50 estados norte-americanos. Anunciada também pelo X (substituto do Twitter), a mandatária decretou a proibição sumária, com vigência imediata, da compra de garrafas plásticas de uso único por órgãos e repartições sob sua alçada, noticia o site Sustainable Plastics.
Pelo cruzamento dos dados feito pelo jornal Boston Globe, um dos principais diários da região da Nova Inglaterra, o governo de Massachussets compra anualmente cerca de 100.000 garrafas plásticas de bebidas ao ano. O volume é um cisco diante das cerca de 3-4 bilhões adquiridas no mercado do estado no mesmo período. Apesar da quantidade incipiente atribuída à máquina pública, a governadora Healy, que classifica as garrafas plásticas como ameaça aos oceanos, reitera que sua medida tem caráter exemplar, sendo merecedora de ser abraçada pela sociedade como um todo. A aversão do poder executivo de Massachussets a garrafas plásticas remonta a 1983, quando foi um dos primeiros estados dos EUA a instituir por lei uma tarifa (US$ 0.05) por unidade adquirida da embalagem, cifra reembolsada ao consumidor na devolução do recipiente vazio em centros de depósitos instalados em canais do varejo. Os lotes ali acumulados são despachados para reciclagem mecânica.