Condenações por prática de greenwashing estão envernizando carreiras no Poder Judiciário e enchendo com indenizações os cofres públicos nos EUA. O estado de Minessota abriu espaço na linha de frente dessa onda ao formalizar, em 1/8, acordo pelo qual o supermercadista Walmart e a transformadora de flexíveis aquiesceram em não comercializar por dois anos e meio determinados sacos plásticos. A pena brotou de processo ajuizado contra as duas empresas pelo procurador geral estadual Keith Ellison, acusadas da falsidade de comercializar as embalagens como recicláveis, conforme noticiado no site Inside Climate News. Conforme argumentado pelo promotor, os sacos eram ofertados com propaganda e apresentação sustentando que eles poderiam ser usados na reciclagem e eram recicláveis, dados considerados suficientes por Ellison para evidenciar fraude ao consumidor e ganhos com base em atributos das embalagens inexistentes.
Os sacos em questão são as versões azul e transparente da marca Hefty da Reynolds e três tamanhos da marca Great Value do Walmart. Se ambas as empresas optarem por retomar as vendas dessas embalagens foi acordado que terão de apresentá-las como não recicláveis. “As duas empresas infratoras devem estabelecer e impor práticas de marketing (verde) em linha com os parâmetros legais e promover treinamentos anti-greenwashing para suas equipes de marketing ao menos uma vez ao ano”, enfatizou o relase do escritório da procuradoria. Segundo o rastreador de litígios da instituição The New York University School of Law, cerca de 48 processos contra greenwashing tramitam nos tribunais dos EUA, impetrados por cidadãos e grupos ambientalistas irados com petroquímicas, transformadores e brand owners chegados à propaganda enganosa.