Em meio a uma seca brava, o estado norte-americano do Colorado instituiu regulamentação específica para limitar o uso de água doce na mineração local de petróleo e gás, relata artigo postado em 13/3 no site inside Climate News. Conforme foi divulgado, o Legislativo estadual anunciou em 12/3 exigências de maior emprego de água reciclada na exploração de fontes de energia fóssil, na esperança de, assim, contribuir para preservar as escassas reservas de água doce do estado.
Se a produção local de petróleo e gás prosseguir em ritmo acelerado, assinala o artigo, o Colorado periga sofrer inundação de um fluido cáustico, salgado e quimicamente carregado, definido como subproduto dos processos de mineração e fracking (faturamento hidráulico) das jazidas de xisto. Com alto níveis de contaminantes, este fluido é mais complexo e oneroso de ser tratado para reúso (como água) do que seu descarte. No Colorado, as mineradoras em regra o bombeiam de volta as poços explorados e desativados e em outras formações geológicas, o que afeta o ciclo hidrológico local, relata a matéria publicada.
De acordo com a entidade estadual Energy and Carbon Management Comission, o Colorado responde por cerca de 4% da capacidade de petróleo e gás natural dos EUA e sua indústria utiliza 11 bilhões de galões anuais de água doce. Sob a nova regulamentação, as mineradoras de petróleo e gás atuantes no Colorado deverão,no início de 2026, utilizar índices a partir de 4% de água reciclada em suas operações, passando ao nível mínimo de 10% em 2030.