Tomam corpo na América do Norte as manifestações, públicas e nos tribunais, de grupos de cidadãos ou ativistas pressionando pelo aborto de projetos ou fechamento de plantas petroquímicas, sob alegações de prejuízos ambientais e para a saúde pública. A tendência ganhou notoriedade em protestos no âmbito de planos de investimentos e de unidades na ativa de poliolefinas e PVC e agora a onda bate na praia dos hidrocarbonetos aromáticos, aponta artigo da consultoria Icis postado em seu site em 22 de abril. A bola da vez é a petroquímica Ineos Styrolution ao anunciar a suspensão temporária da operação de sua planta de 450.000 t/a de estireno em Sarnia, Canadá, em complexo integrado também por uma fábrica de 480.000 t/a de etilbenzeno. A interrupção da produção do monômero resultou da artilharia de reclamações de residentes nas imediações de doenças causadas pelas emissões de gases da planta. A decisão da Ineos decorreu da reivindicação do governo canadense colocada com ira pela entidade aborígene de 2.500 pessoas Aamjiwnaang First Nation, asseverando que membros da comunidade passaram mal com cefaléia, náusea e tontura causadas por comprovados altos níveis de benzeno na atmosfera. No embalo, Andrea Khanjin cobrou da Ineos celeridade na identificação e resolução do enguiço operacional.
A produção sustada por tempo indeterminado em Sarnia restringe o já instável suprimento de estireno para a América do Norte, comenta o artigo da consultoria Icis. Insuficiente e irregular, considera o texto, a oferta regional do monômero tem içado seus preços, a ponto da cotação spot se situar em abril cerca de 50% acima da registrada no início do ano. A oscilação da oferta é atribuída pela Icis a plantas fechadas ou em manutenção, em força maior, ou então, operando aquém da plena carga. Os principais produtores de estireno na região são AmSty, Ineos Styrolution, LyondellBasell, Shell Chemicals Canada, Total Petrochemicals e Westlake Styrene.