Os superlativos estão em casa no complexo petroquímico da Braskem Idesa. Erguido ao longo de quatro anos em Nanchital, no estado mexicano de Veracruz, o empreendimento brotou de um consórcio liderado pela Odebrecht Engenharia & Construção Internacional e completado pela mexicana Ica Fluor e a italiana Tecnip. Sua implantação e operação demandaram contratos de financiamento orçados em US$ 3,2 bi e uma engenharia burilada com conhecimentos colhidos no Brasil, EUA, Itália, França, Índia, Colômbia e México. Concluída sem os atrasos tão corriqueiros nos cronogramas da construção pesada brasileira, a obra é enaltecida pelos porta-vozes da Braskem Idesa como o estado da arte no gênero, seja em termos de concepção ou de tecnologia.
E não há exagero ou parcialidade nisso. As referências da magnitude do complexo na boca do Golfo do México envolvem, por exemplo, o emprego de 132.800 m³ de cimento, 4.900 km de cabos elétricos, 29.700 toneladas de estruturas metálicas, 40,3 km de tubulação subterrânea e 24.300 toneladas totalizam o peso da rede de dutos da planta. No pico dos trabalhos, acentua o diretor do projeto Paulo Levita, a obra contratou 17.055 pessoas.
A área total do complexo ocupa 880.000 m2, destacando-se o cracker para 1,05 milhão de t/a de eteno e as plantas do polímero de alta (PEAD) e baixa (PEBD) densidade totalizando esta mesma capacidade. Em área de 20 hectares funciona a plataforma logística apta a armazenar 90 toneladas e munida de 23 km de ferrovias. Conta com espaço para estacionar 450 vagões ferroviários adquiridos. Cleantho Leite, diretor da Braskem Idesa, comenta, a propósito, que o fornecimento ao setor transformador mexicano hoje é repartido por igual entre entregas de resina a granel e em sacaria, em contraste com a preferência norte-americana pelo sistema de transporte por trem. Como também planeja exportar 40% da produção inicial, primordialmente para a América do Norte, a Braskem Idesa adquiriu 1.300 vagões ferroviários.
Outros pontos altos do complexo alinham a sala de controle operacional centralizado, a infra de assistência laboratorial, a torre de resfriamento, com 83 km2/ h de capacidade de água circulante, o flare a 120 m de altura e a planta de geração de energia com potencial da ordem de 540 t/h de vapor d’água. Além da área total de 190 hectares, a empresa comprou 30 para uma reserva ecológica. •