Economia à deriva não trava distribuição de resinas

O pandemônio criado na praça pelas sequelas do coronavírus, dólar na estratosfera e as incertezas quanto ao encaminhamento e desfecho das ansiadas reformas estruturais demolem qualquer exercício de futurologia sobre a economia brasileira este ano. Fica no ar, diante disso, se essa zona de turbulência terá estamina suficiente para botar a pique a reta de crescimento traçada desde 2015 pelas vendas da distribuição autorizada de resinas. Afinal, dois anos de recessão técnica (2015 e 2016) e três (2017, 2018 e 2019) de simbólico avanço de 1% do PIB não impediram este braço do varejo do plástico de levitar no azul de expansão na média de 3,5% ao ano no último quinquênio, constata o balanço da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast). Por constatar demanda intensa de resina nacional nos distribuidores na primeira semana de março e devido à perspectiva de o dólar volátil e nas nuvens complicar o acesso ao material importado, Laercio Gonçalves, presidente da Adirplast, mantém a aposta feita em janeiro de que a distribuição vai virar 2020 com os mesmos 5,5% de crescimento acumulado em 2019, quando as vendas dos filiados da entidade totalizaram 444.737 toneladas, inclusas resinas commodities e nobres e filmes biorientados, bem adiante das 377.880 toneladas aferidas em 2015. O senhor dos anéis do balanço da distribuição é o movimento de poliolefinas. Nos trilhos da comercialização da Adirplast, polietilenos (PE) compõem a locomotiva  do ramo, com vendas de 220.671 gtoneladsas em 2017; 221.884 em 218 e 239.107 toneladas em 2019. Quanto a polipropileno (PP), a distribuição vendeu 94.247 toneladas em 2017; 99.402 em 2018 e 99.386 no ano passado. No cercado de poliestireno (PS), o movimento fechou 2017 com 47.399 toneladas; 51.346 em 2018 e 56.037 em 2019. Os indicadores de plásticos de engenharia situam as vendas da distribuição em  50.207 toneladas no último período, volume 2,8% acima do saldo de 2018 e léguas à frente das 19.177 toneladas faturadas pelos agentes autorizados em 2015.