Déficit crônico na estocagem de grãos é chamariz para silos-bolsa
A agricultura é o nono mercado consumidor de produtos transformados, com participação de 3,2% do total, na mais recente medição da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). No entanto, é parada dura encontrar um setor que se equipare à exuberância do agronegócio nacional em termos de potencial para incorporar soluções plásticas.
Uma referência é um gargalo por ora crônico: a safra de grãos de 2021/2022 deve registrar a colheita de 272,5 milhões de toneladas, volume ao redor de 6,7% acima do saldo anterior e quarto recorde consecutivo no histórico da Companhia Nacional de Abastecimento.
Os indicadores são portentosos, mas não disfarçam uma sangria não estancada no balanço dos produtores rurais: em contraste com a magnitude dos grãos colhidos, o Brasil conta com capacidade estática de armazenar 178,3 milhões de toneladas, quantidade pouco acima de 50% dos 300 milhões de grãos estimados para a produção na próxima safra. Para agravar a lacuna em boa parte, a Conab assinala que 75% da capacidade de estocagem fica no Sul e Centro-Oeste.
Este percentual e o desbravamento de novas fronteiras agrícolas, como trigo em Roraima, traduz uma pista de decolagem para os silos-bolsa de polietileno, solução de armazenamento mais acessível que os galpões estáticos e cuja vida útil e proteção aos grãos acondicionados zelam com eficácia pelo patrimônio do agricultor. Por essas e outras mais plantas de silos-bolsa estão programadas para rodar em escala comercial no país em 2023.
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