O bicho pegou – e mal- logo no início do ano para o setor de pet food. Saído de 2015 a salvo das escoriações da crise, com crescimento projetado de 7,4% pela receita de R$ 17,9 bi, a indústria de rações domésticas levou um pé no ouvido com o aumento do IPI decretado em janeiro. Recessão e sobrecarga tributária irritam mas não tiram, por ora, o magnetismo da cenoura à frente da carroça: o consumo de rações aferido no Brasil em 2015 rondou 2,5 milhões de toneladas e o potencial de vendas ainda a descoberto chega a 4,8 milhões, não importa quem zurre na economia. O tom anil dessas perspectivas, música celestial aos ouvidos dos flexíveis laminados, dominantes no acondionamento de rações secas, é ilustrado na entrevista abaixo por Leonardo Dalmagro, gerente de embalagens de um pitbull nacional do ramo, a Adimax Pet.
PR – No plano geral do mercado de rações para cães e gatos, a continuidade da recessão fará de 2016 um exercício pior ou igual ao de 2015? E como avalia o peso, no balanço deste ano, da substituição das rações por comida caseira para os animais, devido à perda de poder aquisitivo da maioria dos compradores?
Dalmagro – Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor Pet Serv cresceu 7,4% de 2014 a 2015, ou seja, um aumento de aproximadamente R$ 1,2 bilhões. Para 2016, a Adimax acredita que será um ano de muita cautela devido as incertezas do mercado, frente à crise econômica e política atual. O setor de consumo é o primeiro a sentir os efeitos da conjuntura, devido à mudança do padrão de vida dos compradores em geral. Alguns donos de animais podem, nessas circunstâncias, migrar das rações secas de preço médio pelas mais baratas, de acordo com estudos da Consultoria Euromonitor Internacional. Em contrapartida, segundo a mesma análise, os donos de maior renda e os mais preocupados, em busca da garantia dos benefícios aos animais e sua saúde, tendem a ser leais aos produtos que já oferecem, mesmo sob recessão.
PR – Com base no portfólio da Adimax Pet, quais as categorias de produtos mais e menos penalizadas pela crise atual?
Dalmagro – A Adimax possui desde produtos nas linhas Econômicos, Standard, Premium e Super Premium. Visam atender à necessidade de cada perfil dos clientes e seus pets. Claro que, em decorrência da crise, alguns consumidores poderão migrar de categoria e serão mais criteriosos na escolha do alimento. Mas não acredito que deixarão de tratá-los com ração por tratar-se de um alimento completo, com todos os nutrientes requeridos pelos animais.
PR – De cinco anos para cá, quais os principais aprimoramentos concretos no desempenho das embalagens laminadas da Adimax Pet?
Dalmagro – A Adimax foi a primeira empresa de pet food do mundo a utilizar a resina verde da Braskem (polietileno obtido de eteno extraído do etanol da cana de açúcar) na linha Fórmula Natural. Também foi pioneira no setor a aplicar o Pet Zip (ziper top slider), sistema versátil, de maior praticidade no manuseio e vantajoso para a conservação do produto, pois o cliente pode utilizar a embalagem original no armazenamento, retirando gradativamente a quantidade de alimento necessária por vez. No mais, por ter como prioridade a qualidade do alimento, independente de sua classificação, a Adimax investe em embalagens de alta barreira para garantir maior vida útil e resistência mecânica. •