A incompatibilidade de gênios entre sobra de resinas e demanda mundial fraca volta e meia desemboca na grita por barreiras protecionistas, ansiadas por petroquímicas não competitivas de países que também importam os materiais em foco. Uma bola da vez dessa praxe, cuja conta onerosa acaba paga pelo consumidor final, é o anúncio de 30/7 feito pelo governo da Coreia do Sul e referente à homologação e vigência imediata de breve antidumping (até 29/11 próximo) para importações de PET da China, como noticia o site Commoplast.
A largada para a decisão isolacionista foi a abertura formal, em 12/1 último, da investigação de prática de dumping por comissão comercial do governo de Seul. Atendeu à reivindicação da petroquímica local TK Chemical, calçada na alegação de oferta do poliéster da China a preços ditos predatórios. A propósito, mediante investimentos anuais seguidos, a China atingiu produção autossuficiente (e economia de escala) de resinas commodities como PET e PP, devendo não demorar a chegar à mesma autonomia em PE, no consenso de analistas como Paul Hodges e John Richardson, do portal Icis. Ao final do escrutínio das internações de PET chinês, a Coreia do Sul sapecou sobretaxa temporária de 6.62 % para PET remetido de uma trading e duas petroquímicas; de 7.83% para duas petroquímicas e de 7.12% para um contingente não quantificado de empresas da China. A matéria no site Commoplast finaliza assinalando que o antidumping decretado pela Coreia do Sul transcorre em linha com ações similares adotadas nos EUA, Japão e União Europeia. Nada foi dito sobre investir no PET sul-coreano para torná-lo competitivo.