Bens essenciais de alto giro, alimentos à frente, compõem o maior mercado dos plásticos e daí a relevância para o setor da medição do consumo dos lares feita pela Associação Brasileira dos Supermercados (Abras). Cruzados os dados e desatados os nós, a entidade antevê subida de 2,5% no indicador deste ano contra o avanço de 3,09% aferido em 2023. O cálculo abrange o desempenho de todos os canais do autosserviço e, assinala a Abras, são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Nessa mesma pegada, acentua release da análise da Abras, a inflação dos preços de alimentos para consumo doméstico foi menor que a do índices do consumo fora do lar. Isso foi vital para o aumento da demanda das famílias no ano passado, apesar do seu alto endividamento e a Abras interpreta essa reação como sinal de recomposição de renda , crescimento do emprego e consolidação dos programas de transferência de renda, caso do Bolsa Família, Benefício Variável Familiar e Auxílio Gás, totalizando repasses da ordem de R$ 84,5 bilhões. Na esteira, influíram também os reajustes do salário mínimo, dos servidores do Poder Executivo, das bolsas de educação (CAPES e CNPQ), além do pagamento de precatórios, antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS, pagamentos de lotes residuais e de restituição do imposto de renda e a ampliação da isenção desse tributo. Para este ano, a Abras mantém a fé no pique do consumo dos lares com base em energizantes a exemplo do pagamento de R$ 28 bilhões do PIS/PASEP a 25 milhões de trabalhadores, cifra R$ 3 bilhões acima da registrada em 2023.
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