Os EUA podem botar já champanhe no gelo, pois devem fechar o ano com exportações recordes de PEBDL para a China, na órbita de 1,2 milhão de toneladas, prevê John Richardson, analista blogueiro do portal da consultoria Icis. A projeção assume contornos de pedra cantada com facilidade a partir do balanço das importações chinesas da poliolefina no primeiro semestre. Ao amarrar as pontas de seu banco de dados com os parcos indicadores liberados pelo governo de Pequim, a Icis totalizou esses desembarques em 2.9 milhões de toneladas de janeiro a junho último contra 2.5 milhões no mesmo período em 2022, subida atribuída por especialistas a, apesar da economia chinesa em crise, movimentos de reposição de estoques por transformadores e à oportunidade de compras mais em conta da resina linear em crônica super oferta internacional.
As importações chinesas foram, na metade inicial de 2023, puxadas pelos EUA, com 645.541 toneladas contra 201.988 entre janeiro e junho de 2022, ampliação atribuída à competitividade do gás natural norte-americano influenciando os preços acessíveis da resina do país e maior flexibilidade dos chineses no desembaraço alfandegário com mercadorias dos EUA. Outra justificativa corrente na praça sobre o salto nas exportações gerais de PEAD e PEBDL dos EUA é a perspectiva de a capacidade norte-americana de PEs ampliar seu já alentado excedente em 7% este ano contra a projeção de 1% de crescimento da demanda doméstica. Apenas no âmbito de PEBDL, estimativas situam o excedente global de PEBDL na faixa de 9 milhões de t/a entre 2022 e 2025.
Retomando o fio das importações chinesas de PEBD, a vice-liderança no primeiro semestre coube à Arábia Saudita, com 533.310 toneladas desembarcadas. Corpos atrás vieram, entre as origens mais significativas em volume, Singapura, com 378.679 toneladas; Tailândia, 276.559; Coreia do Sul, com 201.946; Emirados Árabes Unidos, 158.214; Canadá. 125.113; Indonésia, 81.580; Espanha, 72.162 e Irã, com 71.737 toneladas.